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Racismo-no-esporte-por-que-o-preconceito-ainda-e-tolerado-em-diferentes-praticas-esportivas

Racismo no esporte: por que o preconceito ainda é tolerado em diferentes práticas esportivas?

Por blogSem comentários

Live do Instituto DACOR promoveu conversa sobre racismo no esporte entre quatro especialistas com experiência no tema

De acordo com uma pesquisa realizada pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol) em parceria com o Observatório de Discriminação Racial do Futebol e a Nike, 41,8% dos profissionais negros do futebol já sofreram racismo. Dentre os insultos, a maioria ocorreu nos estádios (53,9%) e nas redes sociais (31,4%).

O problema da violência racial em ambientes esportivos demanda políticas públicas de combate ao racismo em suas raízes sistêmicas. Porém, os debates atuais reduzem a questão às formas mais visíveis das discriminações, tratando dos sintomas em vez de curar a doença. Infelizmente, preconceito e racismo são naturalizados no meio esportivo.

Pensando nisso, o Instituto DACOR publicou uma live sobre o tema “Racismo e esporte no Brasil: a (hiper)tolerância do esporte ao racismo e seus porquês”. O episódio foi o 17º dos chamados “cursos de bolso” promovidos pela organização, que buscam refletir a respeito do recorte racial de assuntos da atualidade. A conversa foi apresentada por Alexandre Dantas, fundador do Instituto, e Helton Souto, presidente do DACOR.

Os convidados foram quatro ativistas negros com anos de estudo e experiência no tema. São eles:

  • Neilton Ferreira Junior, Doutor em Ciências pela Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo.
  • Soraia André, ex-judoca olímpica brasileira que ganhou medalhas nos Jogos Panamericanos e no Campeonato Panamericano de Judô.
  • Mário Aranha, ex-goleiro de diversos times brasileiros e escritor dos livros “Brasil Tumbeiro” e “Patrocínio”.
  • Marcelo Carvalho, diretor-executivo do Observatório de Discriminação Racial do Futebol.

Confira alguns temas abordados na live:

Razões que fazem do esporte um fenômeno hipertolerante ao preconceito e racismo

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O doutor Neilton inicia falando das suas visões sobre o Esporte de uma maneira sistêmica, em vez de uma modalidade específica. Ele afirma que o racismo nas atividades esportivas vem de dentro do próprio ambiente do grupo, e não de sujeitos externos que invadem essa sociedade com o preconceito. Além disso, o esporte facilita a discriminação ao apresentar elementos que promovem altas expectativas e ideais, contribuindo para as categorizações de raça e classe.

Experiências de uma ex-judoca olímpica brasileira

Soraia André conta que começou a praticar o judô em uma época em que esse esporte ainda era proibido para mulheres no Brasil. No processo, ela enfrentou insultos racistas por parte das colegas, o que a fez tomar algumas ações de “embranquecimento” para tentar pertencer àquele espaço, como o alisamento do cabelo. A esportista também comenta a herança da escravização da população negra, que causa uma desumanização e objetificação dos corpos dessas pessoas ainda hoje, especialmente das mulheres negras.

As diferentes manifestações do preconceito racial

O ex-goleiro Mário Aranha aponta as diferenças de manifestação do preconceito e racismo entre a atividade esportiva amadora e profissional. No esporte amador, o preconceito aparece em sua forma mais pura, de segregação e elitização do futebol profissional, que impede a entrada de determinados grupos sociais. Já no esporte profissional, a discriminação é mais “estratégica”, porque acontece de forma escondida para não perder sua imagem e audiência.

Perspectivas de ascensão social para pessoas negras

Marcelo Carvalho discorre sobre as poucas oportunidades oferecidas às pessoas negras, que muitas vezes escolhem a carreira esportiva por acreditarem ser a única forma de ascensão em uma sociedade racista. Porém, apenas 0,1% dos atletas de futebol ganham salários altos. Além disso, mesmo os mais famosos não têm a instrução financeira o suficiente para cuidar do dinheiro que recebem, e acabam perdendo todos os seus ganhos ao final da vida.

Quer entender mais sobre o tema? Assista a conversa na íntegra: 

Sobre o Instituto DACOR

A Mira Comunicação é uma parceira do Instituto DACOR. Criado em 2020, é uma organização não-governamental que nasceu da vontade de ser um propulsor de ações para combater o racismo no país. Atua por meio da reunião, integração e disseminação de dados e conhecimentos em projetos para fomentar políticas públicas e privadas por equidade racial.

 

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O que é o marketing de conteúdo e como definir uma boa estratégia

Por blogSem comentários

Hoje, não basta apenas vender o produto para conquistar o consumidor, o marketing precisa criar conexão e engajar

Na era digital, a disputa pela atenção do público é muito acirrada. Para conquistar os consumidores, as empresas não devem apenas promover seus produtos e serviços como fazem os anúncios, mas também transmitirem a própria mensagem para se conectarem com a sua audiência e engajá-la de verdade. Por isso, é importante que você saiba o que é marketing de conteúdo.  

A seguir, apresentamos mais sobre essa área que é fundamental para o fortalecimento de marca e aproximação com o público.

O que é Marketing de Conteúdo?

Como define Philip Kotler, referência mundial no tema, “Marketing de Conteúdo é uma abordagem que envolve criar, selecionar, distribuir e ampliar conteúdo que seja interessante, relevante e útil para um público claramente definido com o objetivo de gerar conversas sobre conteúdo”. 

Seth Godin, outro grande nome da área e autor do livro “Marketing de Permissão”, destaca que, diferentemente da publicidade, o verdadeiro Marketing de Conteúdo se faz presente quando o consumidor precisa de ajuda, então ele entrega as informações que são necessárias e interessantes para aquele momento. Se isso for bem feito, o próprio público se conecta com a marca e vira seu defensor a ponto de indicar e trazer outras pessoas para consumir os produtos e serviços.  

Entenda como funciona nossa comunicação 360º 

Como o Marketing de Conteúdo surgiu?

Embora o Marketing de Conteúdo tenha se consolidado no digital e seus grandes formatos sejam online, como veremos em breve, o primeiro grande exemplo que desenvolve esse tipo de estratégia aparece de forma física em 1895, com a revista The Furrow, criada pela empresa norte-americana John Deere, comercializadora de máquinas para a atividade agrícola. 

A publicação já nasceu com o intuito de trazer informações relevantes para o público da empresa ‒ os agricultores ‒ para que eles ampliassem e qualificassem seus negócios. A venda das máquinas da John Deere seria uma consequência ao passo que seus clientes conseguissem mais renda, com a ajuda do conhecimento fornecido pela revista. 

Outro exemplo que mostra que a ideia do Marketing de Conteúdo não é tão recente como muitos pensam é o guia de restaurantes criado pela Michelin em 1889. A empresa partiu do princípio que para vender pneus era preciso que as pessoas usassem mais seus carros e, assim, criou uma curadoria de pontos gastronômicos para o público explorar. 

Em ambos os casos, o número de vendas aumentou, evidenciando que conhecer o público e suas necessidades e produzir um conteúdo direcionado faz toda a diferença para uma empresa. 

Com o avanço da internet e da tecnologia, o acesso à informação e as possibilidades de criação de conteúdo desse tipo aumentaram. Acompanhando esse movimento, as estratégias de marketing de conteúdo também evoluíram e continuam sendo aprimoradas. Um exemplo disso é a própria revista The Furrow, que começou no offline, e hoje tem um site, no qual se mantém como referência e conversando com seu público.

“A produção de conteúdo para as redes sociais precisa ter estratégia”

Os formatos que podem ser explorados pelo Marketing de Conteúdo

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Existem diferentes formas de mostrar suas ideias para os consumidores e criar um bom relacionamento. Os exemplos mais clássicos são posts em redes sociais, e-books, artigos em blog e newsletter, mas ainda há opções de vídeos, infográficos, desenhos, games, aplicativos, além de podcasts e audiobooks. 

Antes de iniciar a produção de conteúdo, é importante escolher estrategicamente quais canais de distribuição são mais adequados para o seu negócio, o público que deseja atingir e o objetivo a ser alcançado. Caso você precise que sua audiência aprenda a realizar uma determinada ação, por exemplo, criar um tutorial (em texto ou vídeo, vale analisar também) é uma ótima ideia. 

Agora, se a necessidade é mostrar o valor de produto ou serviço, apresentar um estudo de caso pode ser mais eficiente. Você pode também realizar uma pesquisa para o público entender seu mercado, por meio de estatísticas e dados. Há ainda a possibilidade de fazer entrevistas, em áudio ou vídeo, com pessoas de fora da sua empresa para compartilhar ideias com a sua audiência e por aí vai. 

Mas o que você deve saber é que em todos os formatos e tipos de conteúdo, que podem e, muitas vezes, devem ser diversificados, é fundamental construir uma boa estratégia, analisar a concorrência e pensar na relevância para o público-alvo. 

Como definir uma estratégia de Marketing de Conteúdo

Kotler defende que o marketing de conteúdo deve ser trabalhado a partir de oito passos, começando pela fixação de meta. A empresa deve se perguntar o que deseja atingir com a campanha de marketing de conteúdo: o foco maior é desenvolvimento de marca ou crescimento de vendas? Depois é hora de mapear o público, definir quem são os consumidores e quais são suas necessidades e desejos.

Com isso definido, será importante ter um planejamento, pensando nos temas, formatos e um calendário. Aí vem a criação de conteúdo em si e a distribuição dele, que pode acontecer em canais próprios, pagos ou conquistados. Em seguida, é o momento de pensar em ampliar o conteúdo, ou seja, como interagir e criar conversas com os consumidores em torno dele. Por fim, deve-se avaliar os resultados da campanha de Marketing de Conteúdo e estudar melhorias

Ferramentas de Marketing de Conteúdo que podem ser usadas 

Em todas essas etapas citadas acima, existem ferramentas que podem executar tarefas que costumam tomar muito tempo, deixando maior disponibilidade para as equipes pensarem estrategicamente. Isso, além de acelerar os processos e aumentar a produtividade, traz um ganho de resultado importante, uma vez que elas trazem dados interessantes e eficientes.  

Para planejar os conteúdos, é importante entender o que as pessoas estão buscando saber. O Google Trends, por exemplo, é uma ferramenta para acompanhar tendências e comparar palavras-chave pensando em SEO (Search Engine Optimization). Nesse sentido, o Semrush também pode ajudar na busca por termos em alta, assim como fazer pesquisas de mercado e análise competitivas.

Já ferramentas como o Google Analytics podem auxiliar muito na avaliação de resultados e em estratégias de melhorias. A plataforma envia relatórios com informações importantes, como as taxas de exibição e clicks no site, localização geográfica dos visitantes e como chegaram à página. 

Um conteúdo de qualidade vai reter o usuário por mais tempo na página, favorecendo o SEO e, portanto, o ranqueamento no Google. Com maior confiabilidade no site, o engajamento cresce, assim como as taxas de conversão e fidelização. 

Erros mais comuns ao fazer Marketing de Conteúdo 

Muitas empresas deixam de conseguir bons resultados com o marketing de conteúdo porque, simplesmente, não estão apostando corretamente nessa estratégia. Estes são os principais deslizes: 

  • Falar apenas sobre o produto ou serviço oferecido pela empresa

Lembre-se: converter leads no Marketing de Conteúdo é uma consequência. Primeiro, é preciso atrair os clientes trazendo informações relevantes que os interessam e vão ajudá-los a resolver problemas. 

  • Não ter o público-alvo definido

Como você apresentará um conteúdo interessante e soluções se você não sabe com quem está falando? Conhecer a audiência é fundamental para elaborar a estratégia de conteúdo.

  • Criar conteúdos sem ter um objetivo claro

Muitas vezes, as empresas caem na cilada de pensar na quantidade e não se atentam se o conteúdo vai ser eficiente para o que ela almeja com ele. É preciso pensar a longo prazo!

  • Não colocar a personalidade da marca

Diante de tanta informação na internet, o conteúdo não vai se destacar se não tiver um diferencial e uma “cara” única. É importante que ele traga a linguagem e o tipo de relação que a empresa deseja criar com seu público.

  • Não medir resultados

Quanto a produção de conteúdo investida está trazendo de retorno em diferentes frentes? Com esses dados em mãos, é possível pensar em melhorias no planejamento das próximas ações, tendo um direcionamento mais apurado e certeiro. 

Os benefícios e a importância do Marketing de conteúdo para sua empresa 

O Marketing de Conteúdo, além de eficaz, é uma maneira muito mais interessante de educar o público e conquistar novos clientes. Por meio dele, as empresas conseguem aumentar sua exposição e reconhecimento, construindo uma marca mais sólida. No fim, elas conseguem vender mais produtos ou serviços e gerar mais receita. 

Quem não usa o Marketing de Conteúdo já está fora da roda de conversa, tão importante para qualquer negócio. 

Somos especialistas em marketing de conteúdo. Entre em contato e saiba mais.

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Mira Talks com João Lacerda: a tecnologia no futuro do sistema educacional

Por blog, PodcastSem comentários

O executivo apresenta suas perspectivas para os próximos anos da educação brasileira impactada pelos avanços da tecnologia em sala de aula

O terceiro episódio do podcast MiraTalks teve a participação de João Lacerda, executivo com mais de 25 anos de experiência no sistema educacional. Dentre os temas abordados, destacam-se a tecnologia em sala de aula, as transformações nos modelos de ensino e as previsões para o mercado estudantil.

Esse debate foi conduzido por Juliana Miranda, sócia da Mira Comunicação, e Yolanda Drumon, coordenadora de PR Strategy na Mira. O MiraTalks lança um novo episódio toda primeira segunda-feira de cada  mês e é realizado em parceria com a Carijó Filmes.

Professores e tecnologia: inimigos ou aliados?

Joao-Lacerda-MiraTalksNeste ano, Sam Altman, CEO da empresa criadora do Chat GPT, declarou acreditar que a inteligência artificial pode substituir professores no futuro. Ele afirma que o avanço tecnológico pode se tornar capaz de ocupar a mão de obra intelectual, e que isso pode gerar um problema grande de desemprego.

Porém, João Lacerda diz que não se pode esquecer que a escola tem um papel social na vida dos estudantes. O sociólogo Émile Durkheim realizou estudos sobre o significado social do trabalho do professor já no século passado e, desde então, suas pesquisas são utilizadas como base para entender o sistema educacional como coletivo, não individualista. Por isso, não é possível descartar a figura do educador na sala de aula.

Seiji Isotani, professor visitante de Harvard, também afirmou, em uma palestra sobre o ChatGPT, que a inteligência artificial servirá como um auxílio ao professor no aprendizado, não como um concorrente. “Podemos pensar o ChatGPT como um learning companion, ou seja, um companheiro de aprendizagem ou um tutor do estudante que vai ajudá-lo a processar as informações e trocar ideias com ele.”

João Lacerda reforça que o professor tem um papel insubstituível dentro das instituições de ensino, mas que toda a comunidade escolar precisa levar em consideração os avanços tecnológicos. “Vamos entender a tecnologia em sala de aula como uma aliada no processo de aprendizagem e colocar isso em prática. Não dá para virar de costas.”

O especialista comenta que o trabalho repetitivo já pode ser substituído pelas novas ferramentas. Um exemplo é a preparação da aula: o docente pode pedir para que a inteligência artificial crie uma aula como ponto de partida, para que possa ser melhorada manualmente pelo professor com base em seus próprios critérios.

Conheça o seu novo podcast sobre comunicação, inovação e empreendedorismo

O modelo da escola e suas transformações no sistema educacional

O sistema educacional utilizado nos dias de hoje é o mesmo do século XIX. Inspirado no método industrial fordista, os estudantes são enfileirados em carteiras e recebem a matéria de maneira passiva, como um depósito de conteúdos, sem participação no próprio processo de aprendizagem.

Esse modelo vem sofrendo alterações no século XXI. Com a ascensão de escolas bilíngues, de metodologia ativa, que desenvolvem habilidades socioemocionais e inserem a tecnologia em sala de aula o cotidiano, os gestores educacionais precisam se atentar às novas ferramentas sem se perder em modismos ou em recursos sem propósito. “Se a escola não entender isso, ela não vai acompanhar esse movimento”, afirma Lacerda.

As instituições precisam mudar a forma como se organizam, para dar conta da velocidade dessas transformações. Porém, é preciso lembrar que a escola é vista como um porto seguro das famílias, então os estudantes não podem ser submetidos a testes de novas tecnologias sem eficácia comprovada. É por esse motivo que a comunicação com os responsáveis é tão importante: para explicar detalhadamente essas mudanças e os motivos de aplicá-las.

O futuro do mercado estudantil

Joao-Lacerda-MiraTalksJoão Lacerda diz que os gestores estão passando por um momento tumultuado nas escolas. A recomposição financeira após a pandemia, a violência estudantil, as questões de preconceito de gênero e sexualidade e as constantes mudanças tecnológicas são alguns fatores. No ano de 2023, por exemplo, a violência escolar aumentou 50%, de acordo com dados do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC).

Em meio a tudo isso, os educadores precisam lidar com uma grande oferta de produtos tecnológicos diversos, com dificuldade para compreender quais são eficazes e quais são apenas modismos. Esses gestores precisam buscar as ferramentas que são comprovadas por órgãos confiáveis e que realmente trazem benefícios para a educação.

Apesar dessa turbulência, o executivo se mostra otimista com o futuro, visto que a situação atual representa inúmeras possibilidades de mudança no sistema educacional e no relacionamento com as famílias. “Eu só espero que as escolas entendam que isso não dá para esperar mais”, diz ele. “As instituições têm que arriscar os novos modelos. Já tem muita tecnologia à disposição delas para acelerar essas mudanças.”

MiraTalks com Mario Ghio: os acertos e os desafios na Educação Básica brasileira

A importância de ter um propósito na educação

“O movimento da entrada de pessoas que nunca foram da área de educação para empreenderem no setor educacional foi muito saudável nos últimos anos”, afirma João. Esses indivíduos renunciam a carreiras bem pagas, como tecnologia e finanças, em nome do propósito do ensino. “Trabalhar com educação e não ter propósito é pôr o pé no lugar errado. Se você não tiver propósito, não funciona.”

Além disso, Lacerda fala que é importante ter paciência, pois os processos de educação são de longo prazo. É preciso ser paciente para colocar projetos em prática, acostumar os estudantes e educadores às mudanças com as novas tecnologias em sala de aula e ver o resultado aparecer. Essa virtude é válida em quase todas as áreas da vida, mas principalmente nas escolas.

A educação está no DNA da Mira Comunicação, que possui uma larga experiência no setor. A agência acredita na importância do propósito ao trabalhar com o ensino, indispensável para a formação completa dos seres humanos. “Essas questões fazem parte do sistema educacional e diferenciam bastante esse mercado de outros”, comenta Juliana Miranda. “Se não tem o propósito, não vai permanecer no setor.”

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Como o avanço da Inteligência Artificial impacta a comunicação corporativa?

Por blog, Comunicação & TendênciasSem comentários

Com o fácil acesso às ferramentas de IA, os profissionais da comunicação precisam saber como usá-las a seu favor

A comunicação foi uma das áreas mais impactadas pela tecnologia. A internet passou a moldar a maneira que nos comunicamos em diferentes aspectos, desde as conversas entre amigos nas redes sociais até a forma que as empresas dialogam com seus clientes e funcionários. Hoje, não é mais possível falar de comunicação corporativa sem atrelar a realidade tecnológica que a cerca. 

Nesse sentido, o avanço da Inteligência Artificial tem sido uma das grandes discussões. Quais são os impactos dela na comunicação corporativa? Ela ameaça o papel do profissional desta área? Ou como ele deve aproveitar esse tipo de tecnologia? Estes são pontos fundamentais a serem debatidos, mas antes vale entender melhor a atuação e a importância da comunicação corporativa. 

O que é a comunicação corporativa?

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A comunicação corporativa é a área responsável por coordenar as diferentes formas de comunicação que uma empresa aplica para se relacionar com seus stakeholders, sejam eles internos (como os funcionários) ou externos, que é o caso da imprensa e dos clientes. Ela é um componente crucial para a construção e manutenção da imagem e reputação de uma empresa, bem como a promoção de seus valores, independentemente do seu tamanho, setor ou natureza.

A importância da comunicação corporativa

Para serem mais competitivas neste cenário digital e dinâmico, as empresas estão entendendo, cada vez mais, que é preciso se comunicar, estrategicamente, com seus públicos-alvo, transmitindo a mesma mensagem para todos eles. Isso unifica o discurso, evita ruídos de comunicação e consolida a identidade. O resultado é uma marca muito mais forte e com credibilidade.

Além disso, toda empresa está sujeita a passar por problemas, que podem abalar sua imagem e reputação. Ter uma comunicação integrada e consistente facilita o gerenciamento de crise nesses casos, uma vez que a companhia vai estar mais preparada para responder de forma ágil e efetiva, minimizando os danos à marca.

Comunicação corporativa interna x externa

A comunicação corporativa trabalha em duas frentes: a interna e a externa. Essa última faz a ponte entre a empresa e os clientes, fornecedores, investidores e a comunidade em geral. Com estratégias de marketing, relações públicas, publicidade, os profissionais da comunicação externa atuam para construir a imagem da empresa, atrair clientes e parceiros, e manter a confiança do público.

A comunicação interna, por sua vez, é voltada para os funcionários e visa manter todos os membros da equipe informados sobre as metas, valores, objetivos e acontecimentos da empresa. Ela desempenha um papel fundamental na construção de um ambiente de trabalho saudável, na promoção da coesão e na garantia de que todos estejam alinhados com a cultura da organização.

Veja mais: entenda a importância da comunicação 360º para as marcas

Como promover a comunicação corporativa?

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Ao implementar estratégias de comunicação corporativa, a empresa precisa ter em mente seus valores, missões e objetivos, para pensar em ações que conversem com o negócio em geral. A partir disso, é importante estabelecer metas e escolher as ferramentas mais interessantes para alcançá-las. 

No cenário atual, as empresas precisam entender que não faz mais sentido olhar para as caixinhas da comunicação sem considerar um cenário macro. Aparece, então, a necessidade de uma comunicação 360°. Ela consiste em trabalhar todas as frentes para impactar diferentes públicos de forma integrada. Isso inclui produção de conteúdo, comunicação interna, presença nas redes sociais, relacionamento com a imprensa e construção de reputação por meio da opinião pública

Para melhorar a eficiência, a produtividade e os resultados, os profissionais da comunicação precisam saber aproveitar a tecnologia como ferramentas complementares. E, com a ajuda dela, estar sempre monitorando, refinando e trazendo melhorias para as estratégias de comunicação da empresa. A inteligência artificial pode contribuir bastante nesse sentido – vamos te explicar. 

Os impactos da inteligência artificial na comunicação corporativa

A inteligência artificial é uma das principais novidades tecnológicas apresentadas ao público nos últimos anos. Hoje, ela já faz parte do cotidiano humano, seja para a automatização de sistemas, pesquisas do cotidiano, segurança digital, definição de perfil em plataformas de streaming, reconhecimento facial, aplicativos de rotas de trânsito, plataformas de educação ou para fins de entretenimento, criando, por exemplo, fotografias fictícias a partir do rosto das pessoas, mostrando como elas ficariam quando envelhecessem ou se fizessem parte de um desenho animado, como exemplos de tendências que circularam nas redes sociais recentemente.

Um dos principais atrativos da IA (inteligência artificial) é a sua acessibilidade

Apenas com um computador ou smartphone, qualquer pessoa pode, gratuitamente, explorar as ferramentas disponíveis. No entanto, quem trabalha com a comunicação precisa ter um olhar mais apurado, identificando o lado negativo e positivo da tecnologia.

Para a comunicação corporativa, em específico, a inteligência artificial traz algumas vantagens:

  • automatização de tarefas repetitivas, como triagem de e-mails, atendimento ao cliente por chatbot, transcrição de áudio e tradução automática;
  • processamento e análise grandes volumes de dados;
  • personalização da comunicação.

Sobre o atendimento personalizado para cada cliente, Afonso Ribeiro, especialista em Comunicação Corporativa, afirma: “As equipes de comunicação estão sendo capazes de segmentar públicos com maior precisão, analisar melhor o sentimento dos usuários em relação a produtos, serviços ou campanhas e atuar cada vez mais com base em dados.”

Considerando as consequências negativas, Ribeiro alerta sobre a violação da privacidade dos usuários, as deepfakes – técnica que altera os movimentos labiais de uma pessoa em um vídeo, sincronizando-os com falas que não são de sua autoria – e a possibilidade de a ferramenta gerar opressão. “Como os sistemas são treinados com base em dados históricos, o conteúdo pode reforçar a discriminação de grupos marginalizados, perpetuando desigualdades”, explica.

Além disso, pela evolução rápida e surpreendente da IA, especialistas expressam a preocupação de que ela se torne superinteligente e ultrapasse a capacidade humana de controlá-la. Nesse cenário, ela poderia ter objetivos divergentes da sociedade, resultando em consequências indesejáveis ou, até mesmo, catastróficas.

A inteligência artificial é uma ameaça aos profissionais da comunicação? 

Também existe uma preocupação sobre o impacto social e econômico dessa automação. Muitos perguntam se, eventualmente, ela levaria à substituição de empregos por sistemas automatizados. Na comunicação, isso não deve acontecer, já que, embora facilite alguns processos, ela não possui as competências humanas indispensáveis para a área.

“A criatividade, o pensamento estratégico e a capacidade de contar histórias continuam sendo habilidades essencialmente humanas. A IA ainda tem limitações em relação à compreensão profunda de emoções e nuances sociais, o que os profissionais de comunicação podem oferecer por meio de sua experiência e conhecimento humano.”

Veja mais: Google Analytics 4: entenda o que mudou e seus impactos na comunicação

Como o profissional da comunicação pode usar a inteligência artificial a seu favor?

Em vez de substituir as equipes de comunicação, a inteligência artificial pode ser usada como uma ferramenta de otimização do seu trabalho. “A tecnologia poupa o profissional de realizar tarefas repetitivas, como traduções, agendamento de posts em mídias sociais, monitoramento de menções de marca e organização de dados de engajamento. Isso libera tempo e recursos para que eles se concentrem em atividades estratégicas e criativas”, afirma Afonso Ribeiro. 

Nesse contexto, é essencial lembrar que a IA deve ser usada de maneira ética e responsável. Os profissionais precisam enxergar a ferramenta como algo que complementa e amplia a sua eficiência, priorizando sempre a transparência, privacidade e segurança dos dados.

Gostou desse conteúdo? Então, saiba o que é mídia espontânea e como conseguir

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Google Analytics 4: entenda o que mudou e seus impactos na comunicação

Por blog, Comunicação & TendênciasSem comentários

Com a nova versão, os profissionais têm acesso a métricas mais precisas e abrangentes

O Google Analytics, serviço de monitoramento de marketing digital do Google, lançou sua nova versão: o Google Analytics 4. Com isso, as métricas, análises e métodos de coleta e interpretação de dados sofreram ajustes e aprimoramentos. E claro que os profissionais da comunicação não podem ficar de fora das novidades da plataforma.

A seguir, você confere o que mudou do Analytics Universal para o Analytics 4.0, quais são as novas métricas, como utilizá-las, e como isso modifica e impacta o futuro da comunicação, especialmente nas plataformas online. 

O que é o Google Analytics?

É um serviço gratuito do Google que gera estatísticas de visitação do site no qual está cadastrado. A ferramenta é capaz de identificar taxas de exibição e clicks, além de localização geográfica dos visitantes, como chegaram à página, entre outros detalhes, enviando relatórios diários, semanais e mensais ao dono do site.

A plataforma, na verdade, nunca parou de evoluir desde sua aquisição em 2005. Porém, agora ela passa por uma reformulação completa, por isso a mudança de logo e nome. 

Veja também: o que é Mídia Espontânea e como conseguir

Para que serve?

pessoa mexendo no computador

Imagem: Freepik

Sua principal função é coletar dados dos usuários de sites, apps e plataformas digitais, computando acessos, tráfego e comportamento, criando relatórios para que isso se transforme em números e gráficos visíveis e de fácil interpretação.

O Google Analytics foi feito principalmente para auxiliar os webmasters a otimizarem os sites que produzem, para campanhas de marketing e para ser usado em conjunto com o Google AdSense. A ferramenta serve para que donos de marcas e sites possam visualizar o perfil de seus clientes, identificando problemas, além de melhorar o marketing e a entrega da plataforma.

Como funciona? 

Após criar uma conta no Google Analytics, o dono do site deve adicionar um código de mediação a cada página disponível. Esse código transcreve ao Google Store quantos usuários acessaram cada página, em comparação a outras nos mesmos nichos ou comércios. 

Em páginas comerciais, o código também indica quantos usuários compraram quais itens, e até rastreia para saber se cada user acessou a página de confirmação da compra, além de rastrear cada idioma, localização, por qual sistema operacional os compradores acessaram sua página e o que os levou ao site.

Veja também: Media training: quais os primeiros passos para ter bons porta-vozes?

Novidades do Google Analytics 4

Uma das principais novidades do Google Analytics 4 é a adoção do modelo de medição baseado em “eventos”, em vez do tradicional de “sessões” e “visualizações de página”. Isso significa que, agora, é possível rastrear ações específicas em um site, como cliques em botões, preenchimento de formulários e reprodução de vídeos, permitindo uma compreensão mais precisa do engajamento do usuário. 

O Analytics 4 também chega com a função “App + Web”, realizando uma análise integrada tanto de sites quanto de aplicativos, oferecendo uma visão completa e se tornando uma ferramenta multiplataforma. Essa mudança já tinha sido anunciada em 2019, e se concretiza agora com o GA4. As análises também são integradas com o Google Ads agora, para otimizar e concentrar dados de campanhas pagas.

O que também muda é o maior controle sobre dados e privacidade que a plataforma oferece, já que o GA4 não depende mais de cookies para coletar e armazenar dados, além de não guardar mais endereços de IP dos usuários, garantindo privacidade e indo de acordo com os termos da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais). 

Outra novidade importante é a incorporação de recursos de inteligência artificial (IA) no Google Analytics 4. Essa integração possibilita insights preditivos, como a previsão de churn (probabilidade de um cliente deixar de usar um produto ou serviço) e a identificação de segmentos de público-alvo com maior potencial de conversão. Com isso, as equipes de comunicação 360° conseguem planejar ações para otimizar a performance das campanhas.

Métricas exclusivas do Google Analytics 4

O GA4 oferece quatro métricas novas para o usuário: 

  • sessões engajadas: quando o visitante permanece com o site aberto e em primeiro plano por mais de dez segundos; 
  • sessões engajadas por usuário: média de sessões em que cada usuário do site engaja, caso o mesmo ID seja visto retornando várias vezes;
  • tempo médio de engajamento: que mede o tempo que o aplicativo ou site ficou em primeiro plano para cada visitante;
  • taxa de engajamento: medida por porcentagem dos usuários que interagiram de alguma forma durante sua sessão.

O que acontece com minha conta do Google Analytics Universal?

Todas as contas do Google Analytics Universal estavam datadas para pararem de computar dados em julho de 2023 e, depois desse período, sua contagem de acessos e outras métricas de seu site aparecem zeradas na ferramenta. Para contas pagas, a ferramenta Google Analytics 360 fica disponível até outubro. 

Infelizmente, não é possível migrar seus dados do AU para o GA4, já que todas as métricas são diferentes. Logo, é preciso criar uma conta do zero, e computar todos os seus dados à mão. Essa mudança se torna obrigatória principalmente pela atualização nos termos de privacidade de usuários, que exigiram uma mudança já que a ferramenta traz novos e mais avançados sistemas de proteção de privacidade.

Os impactos gerados na comunicação

homem olhando para gráficos

Imagem: Freepik

Com as mudanças trazidas pelo Google Analytics 4, a comunicação se beneficia de uma visão mais completa do seu desempenho, com métricas e indicadores mais abrangentes e precisos. Os profissionais de Relações Públicas (e outras áreas relacionadas) podem medir o impacto do seu trabalho, identificar quais canais e conteúdos geram maior engajamento e ajustar suas estratégias com base em dados concretos. 

Por acessarem uma gama de métricas e indicadores mais abrangentes e precisos, as equipes analisam o comportamento dos usuários em diferentes meios. Isso ajuda a antecipar tendências e direcionar esforços de comunicação de forma mais eficiente. As tomadas de decisão, consequentemente, serão mais embasadas, e os recursos serão direcionados para estratégias que trazem resultados reais e maximizam o retorno sobre o investimento.

Dicas de como configurar o Google Analytics 4

A migração do AU para o GA4 só é necessária para contas criadas antes de 14 de outubro de 2020 e, para facilitar a transferência para a nova plataforma, existe um assistente de configuração diretamente no Google para ajudar os usuários.

Basta fazer o login no Google Analytics e ir em “assistente de configuração GA4” para obter todas as informações e passo a passo para a configuração. Vale a pena manter um backup dos seus dados no Analytics Universal, porque não se sabe o que pode se perder ou não no processo de migração, já que as métricas e configurações são diferentes.

Também existem cursos gratuitos do Google para iniciantes na ferramenta, e vale a pena você e seu time investirem um tempo no aprendizado do novo Analytics. Mesmo os que já estão familiarizados com o AU podem se beneficiar de um curso curto sobre a nova ferramenta e todas as suas novidades técnicas.

Veja também: Gestão de crise e PR: vacina ou Tylenol?

Google Analytics 4 para profissionais da comunicação

No geral, o Google Analytics 4 representa um avanço significativo na medição e análise de dados para os profissionais de comunicação 360°. Com suas novas funcionalidades, a ferramenta oferece uma visão mais precisa do desempenho das estratégias adotadas, e permite o mapeamento do segmento em que se atua. 

Assim, é essencial que todos os profissionais de comunicação estejam atualizados quanto às mudanças trazidas pelo Google Analytics 4. Com isso, podem aproveitar ao máximo o seu potencial, impulsionando os resultados dos clientes na era digital.

Gostou desse conteúdo? Então, acesse nosso blog e veja outros! 

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MiraTalks com Mario Ghio: os acertos e os desafios na Educação Básica brasileira

Por blog, PodcastSem comentários

O executivo apresentou dados e reflexões sobre o passado e o futuro das instituições de ensino em território nacional

O segundo episódio do MiraTalks, podcast voltado para educação, empreendedorismo e comunicação, realizado pela Mira Comunicação em parceria com a Carijó Filmes, contou com a presença de Mario Ghio, professor e executivo com trinta anos de experiência na área de educação. A conversa foi conduzida por Juliana Miranda, sócia da Mira, e Yolanda Drumon, coordenadora de PR Strategy na Mira. 

A conversa explorou a posição do Brasil no cenário educacional, bem como o papel da família na escolaridade e as legislações brasileiras sobre o assunto. Confira abaixo alguns temas abordados na conversa e, no final, dois livros indicados pelo professor Mario.

Para assistir o episódio na íntegra, clique aqui.

A qualidade das escolas de Educação Básica brasileira

Foto do Mário Ghio no MiratalksQualquer escola, pública ou privada, pode ter uma educação boa ou ruim. Os fatores são diversos e não é possível definir a qualidade apenas pelo preço. Porém, é fato que o contexto da comunidade na qual a instituição está inserida influencia o processo de aprendizagem.

Um dos fatores que interferem na qualidade de estudo, por exemplo, é o contexto social do aluno. Dados do IBGE mostram que as crianças com mães que possuem Ensino Médio completo têm 97,5% de chance de terminar esse nível escolar, enquanto as crianças com mães sem instrução têm 58% de chance.

Por isso, é necessário o acompanhamento individual dos alunos, considerando essa bagagem familiar. Dar a mesma aula para estudantes com vulnerabilidades diferentes não terá o efeito desejado, visto que cada jovem apresenta necessidades únicas e diversas.

Legislação brasileira

 Ghio aponta que as regulações brasileiras supririam grande parte das defasagens escolares se fossem corretamente utilizadas. A Constituição de 1988 prevê o direito à educação para todos os brasileiros, o que já é um avanço enorme se comparado às décadas anteriores. Juliana Miranda concorda: “A dificuldade está na implementação”.

Dentre os regulamentos em vigor no território brasileiro, existe a Lei de Diretrizes e Bases (LDB), promulgada em 1996 com o então Ministro da Educação, Paulo Renato Souza. Entre outras coisas, ela definiu a obrigatoriedade da disponibilidade de vagas de ensino público para todas as crianças e jovens de 7 a 14 anos, o que garantiria o direito pleno à Educação Básica.

Já o Plano Nacional de Educação (PNE), aprovado em 2014, é um conjunto de metas e estratégias para a política educacional em um período de dez anos, ou seja, até 2024. Porém, ele ainda não foi corretamente implementado. De acordo com Mario Ghio, o plano está certo em todas as suas dimensões e ambições, mas precisa ser levado mais a sério. “A gente não precisa criar um novo PNE, precisamos entregar o plano  que já foi votado”, diz.

O Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) foi fundado em 1937 com o objetivo de realizar estudos para compreender os problemas de ensino no país e propor políticas públicas para solucioná-los. Hoje, o órgão é vinculado ao Ministério da Educação (MEC) e é responsável pela realização de exames como o Enem e o Enade.

O Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) teve como uma de suas ações o fornecimento de incentivos financeiros para estados e municípios que apresentarem desenvolvimento de aprendizado dos alunos. O executivo destaca os estados de Ceará e Pernambuco como bons exemplos de desempenho educacional. E não é por menos, ambos lideram indicadores educacionais como os de  ensino integral e os anos iniciais de estudo.

Perspectivas para Educação Básica brasileira

Foto dos bastidores Ghio se mostra otimista em relação ao futuro do ensino brasileiro. De acordo com a pesquisa Anuário da Educação Básica de 2021, a escolaridade média da população passou de 9,8 anos em 2012 para 11,8 anos em 2020. Isso significa que, em média, os responsáveis apresentam o ciclo básico completo de 12 anos de estudo e, por isso, podem acompanhar melhor o desenvolvimento escolar dos filhos.

O avanço na educação básica é de grande importância para o Brasil a longo prazo. De acordo com um estudo realizado por Eric Hanushek, da Universidade de Stanford, um aumento de 100 pontos no resultado médio do Pisa relaciona-se a um crescimento de 2% no PIB do país ao ano. O Pisa é o Programa Internacional de Avaliação dos Estudantes, realizado a cada três anos pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Além disso,Ghio também prevê uma atenção maior às necessidades individuais de cada região do Brasil. Por exemplo, em locais rurais, haveria uma educação mais voltada para o agronegócio, com aprendizados que conversem mais com a realidade dos alunos. Assim, devem existir múltiplas soluções, e não apenas uma única salvação para o ensino nacional.

BÔNUS: Indicações de livros

Ao final do episódio, o executivo ainda indicou  duas obras que discorrem a respeito do  cenário da Educação Básica brasileira.. O primeiro é “País mal educado: por que se aprende tão pouco nas escolas brasileiras?”, escrito por Daniel Barros. Um outro, mais técnico, é “Pontos fora da curva”, de Olavo Nogueira Filho. Ghio ressalta que acha importante ler nessa ordem, visto que o segundo apresenta uma linguagem mais aprofundada.

Gostou desse episódio? Confira também os assuntos abordados no primeiro MiraTalks.

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MiraTalks: conheça o seu novo podcast sobre comunicação, inovação e empreendedorismo

Por blog, PodcastSem comentários

Toda primeira segunda-feira do mês, temos um bate-papo especial marcado com grandes nomes do mercado.

No caminho do trabalho, na academia, limpando a casa, estudando ou minutos antes de dormir. O podcast entrou na nossa rotina tão rápido e sorrateiro quanto as redes sociais. De acordo com a estimativa do Ibope, o Brasil já soma mais de 34 milhões de ouvintes e é o 3º país que mais consome podcast no mundo.

Tudo isso é resultado de um mercado tecnológico superaquecido, da valorização da produção de conteúdo atrelada ao marketing e de um público mais conectado e que consome informações de forma acelerada. 

Assim, o “programa de rádio” renasceu mais completo e atual, tanto em formato quanto em conteúdo. E, a partir de entrevistas de cerca de 50 minutos, as empresas ganham uma fonte de conteúdo infinito e de baixo custo para distribuir em seus canais de comunicação.

É em meio a esse contexto que a Mira Comunicação, em parceria com a Carijó Filmes, apresenta o podcast MiraTalks. O programa irá trazer bate-papos e reflexões sobre comunicação, empreendedorismo e inovação. 

No primeiro encontro, que foi ao ar no dia 4 de setembro, os diretores da Mira, Juliana Miranda e Diego Ramalho, ao lado da host especialista em Relações Públicas Nathalia Di Oliveira, discutem os aspectos fundamentais para uma comunicação estratégica, explicando o que é necessário para construir uma boa reputação, potencializar oportunidades e prevenir crises. 

Veja a seguir os principais tópicos abordados. E, ah, confira no final uma curiosidade sobre a escolha no nome MiraTalks!

Logo do miratalks com fundo laranja Qual é a importância da comunicação 360º 

Pensar a comunicação como caixinhas separadas com diferentes objetivos não faz mais sentido. Do ponto de vista das Relações Públicas, a comunicação 360º considera todas as frentes em que se pode atuar para impactar diferentes públicos de forma integrada ‒ uma área alimentando a outra.

Reputação X Gestão de crise 

Você é do tipo que só busca uma agência de comunicação quando a crise já estourou? Apesar de ser uma prática comum, ela não é muito recomendada. A gestão de crise deveria ser como um plano de seguros, em que você investe mensalmente para evitar problemas ou ter uma base estruturada, caso eles sejam inevitáveis. 

A comunicação como negócio 

A credibilidade é um ponto-chave para todo negócio. “O comercial, que é considerado a roda da empresa, nunca dependeu tanto da comunicação. Já que, sem uma reputação bem construída, ele não se sustenta”, afirma Juliana. 

#FATOEXTRA: Afinal, por que MiraTalks?

Podpah, POD DELAS, NerdCast, Quem Pode Pod… Todos esses programas são famosos e têm nomes muito criativos a partir do trocadilho com a palavra “podcast”. Então, por que não optamos pelo “MiraCast”, “PodMira” ou “MiraPod”?

É importante saber que título do nosso bate-papo passou por uma votação entre os nossos especialistas, que chegaram a seguinte conclusão: apesar de funcionais, o público está saturado dessa brincadeira NOME + PODCAST. 

Então, buscando manter a originalidade e, ainda sim, evidenciar que é um programa que vai proporcionar um verdadeiro diálogo com os entrevistados, escolhemos a palavra “talks”, do inglês, que significa “palestras/conversações”.

Ficou curioso para saber mais? Ouça o bate-papo completo e gratuito no “MiraTalks”: Spotify, Deezer, Apple Podcasts e Youtube.

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Como líderes estão reinventando a comunicação para engajar equipes e conquistar o público consumidor

Por Comunicação & TendênciasSem comentários


Para Juliana Miranda, CEO da Mira, avanço das tecnologias de comunicação reforçaram a necessidade de investimento na marca pessoal dos gestores

Em menos de dois anos, o perfil do Instagram da empresária Karla Marques Felmanas saltou de 600 para mais de 700 mil seguidores. E não foi por acaso. Desde lá, a vice-presidente da Cimed, quarta maior farmacêutica do Brasil, tem investido nos canais pessoais para ampliar o diálogo com o público. Nos vídeos e imagens publicados diariamente, ela fala sobre sua rotina como gestora e exibe vídeos de visita à fábrica da empresa intercalados com conteúdo sobre a sua rotina. Em entrevista recente à revista Forbes, Karla Cimed, como é conhecida nas redes, é enfática: “Você só consegue fazer sucesso se jogando”. Irmão de Karla e presidente da Cimed, João Adibe segue caminho semelhante. Em seus canais, exibe visitas às fábricas, conversas com colaboradores e ações de mobilização de equipe.

 Não por acaso, o novo lançamento da Cimed já é considerado um case de sucesso. Trata-se do protetor labial Carmed Fini, criado pela empresa em parceria com a marca de doces. Em questão de semanas, o produto viralizou nas redes sociais e esgotou nas lojas. Isso em grande parte graças à sintonia entre a estratégia de marketing digital da empresa com a dos executivos influenciadores.

Por que os líderes devem investir na marca pessoal?

O case da Cimed é um exemplo de como marcas pessoais bem construídas ajudam a gerar valor para empresas à medida em que os executivos constroem uma conexão emocional com o público, transmitem autenticidade e transparência e demonstram seu papel de liderança e influência. Esses aspectos são essenciais para construir relacionamentos duradouros com os consumidores e fortalecer a reputação da empresa.

“O líder é um porta-voz pela própria natureza da função. Ao investir em sua marca pessoal, tem a oportunidade de fortalecer a sua autoridade no mercado. Ao mesmo tempo, quando compartilha histórias, valores e interesses pessoais, cria uma imagem mais pessoal e acessível da empresa, que vai além da imagem corporativa tradicional”, diz Juliana Miranda, CEO da Mira Comunicação. “No entanto, é preciso agir em sinergia com a estratégia institucional da marca, pois tudo que ele falar será associado, de certa forma, à empresa, sendo necessário, portanto, agir de acordo com a identidade e os propósitos do negócio”, completa Juliana Miranda.

Como ser um líder engajado?

A construção de uma marca pessoal requer consistência e dedicação. Isso envolve investimento em uma estratégia capaz de traçar objetivos, conectá-los com o da empresa em que atua e traduzir tudo isso em mensagens que conectem com o público-alvo.

“Investir em relações públicas, com foco na imprensa e nos canais digitais, é fundamental para um líder fortalecer sua marca pessoal. Essas ferramentas permitem alcançar um público mais amplo e diversificado, construir uma reputação positiva e estabelecer autoridade em sua área de atuação, que possibilitará influenciar pessoas, compartilhar conhecimentos, inspirar seguidores e criar conexões significativas, impulsionando o crescimento pessoal e profissional”, afirma Juliana Miranda.

Na Cimed, ao se tornarem líderes acessíveis e inspiradores, Karla e João Adibe impactam suas equipes, o setor farmacêutico e a sociedade como um todo. Essa abordagem estratégica contribui para o sucesso tanto individual quanto organizacional, posicionando-os como referências e influenciadores em sua área de atuação.

E você, já pensou em estabelecer uma imagem positiva nos seus canais de comunicação para contribuir para a reputação e influência da sua empresa? Clique aqui e conte conosco nessa jornada! 

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“A produção de conteúdo para as redes sociais precisa ter estratégia”

Por blogSem comentários

Segundo Bruna Scavuzzi, nossa Coordenadora de Digital, conquistar resultados relevantes para os clientes e impactar o público-alvo exigem uma boa análise das métricas

 

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Hoje, é impossível imaginar o cotidiano humano sem a tecnologia e as redes sociais. Elas tornaram-se indispensáveis para a vida pessoal e profissional de cada um, capazes de unir, em tempo real, indivíduos ao redor do mundo. Como resultado, as pessoas vivem conectadas, com os celulares nos bolsos e os computadores como principal ferramenta de trabalho.

Tendo isso em vista, o meio corporativo – e, principalmente, as empresas engajadas – também teve que se adaptar. Toda organização precisa garantir a sua existência online, como forma de se conectar com o público. Por isso, as agências de comunicação 360° possuem equipes bem estruturadas da área de Digital, focadas nesse serviço.

É o que afirma Bruna Scavuzzi, profissional que assumiu recentemente a Coordenação de Digital por aqui. Na conversa abaixo, ela fala sobre a sua trajetória profissional e os desafios na liderança da área.

 

Bruna, conte um pouco sobre a sua trajetória profissional. Em quais áreas você já atuou?
Por ironia do destino, o meu primeiro estágio foi na Mira Comunicação, aos 18 anos. Comecei atuando na área de assessoria de imprensa de educação, junto com o Diego Ramalho, no comecinho da empresa, em 2015. Depois, tive um período de estágio no canal Band News TV e, quando saí de lá, trabalhei na comunicação interna da Associação Brasileira de Arte Contemporânea (ABACT). Lá, fui crescendo e me tornei responsável por comunicar os projetos que eles realizavam, tanto nas redes sociais quanto na interface com assessoria de imprensa.

Como foi a sua volta para a Mira?
Em meados de 2020, na pandemia, recebi a proposta de voltar para a Mira. Voltei como assessora de imprensa e atuei em contas como Vereda, Red Balloon, Sistema pH e a área de literatura infantojuvenil da SOMOS Educação. Fiquei em assessoria por um bom período e me tornei líder da área, responsável por analisar todos os dados relacionados ao atendimento dos clientes. Depois, comecei a me especializar em redes sociais e migrei para a área de Digital.

Você sempre sonhou em trabalhar com redes sociais?
Eu nunca sonhei em trabalhar com redes sociais antes de conhecer o mercado. Acho que nenhum aspirante a jornalista tem esse sonho. Mas, muitos fatores me levaram ao setor – um deles foi a paixão pela criação de conteúdo. Sou desses clichês de “sempre gostei de escrever”, o que me levou ao curso de jornalismo. Nele, descobri um universo de meios que despertaram o meu lado criativo. E, querendo ou não, as redes sociais trabalham com diversos formatos: apuração, vídeo, áudio — tudo isso me encanta bastante.

O que te motivou a migrar para a equipe de Digital da Mira?
Eu sempre gostei de assessoria de imprensa, mas ainda faltava alguma coisa que realmente envolvesse o meu lado criativo. Ao longo dos anos, comecei a me especializar em copywriting  e marketing digital. Assim, fui vendo que eu realmente queria ter experiências trabalhando com redes sociais.

E como você lidou com o desafio de assumir o cargo de Coordenadora da área de Digital?
Aos poucos, fui vendo que eu tinha uma maturidade para encarar alguns desafios dessa parte de Gestão de Pessoas. Sempre consegui me organizar muito bem com demandas e prioridades. Então, quando reparei nessas minhas habilidades — o que sempre tive dificuldade de fazer, porque tinha “síndrome de impostora” —, tive coragem para assumir a Coordenação.

Bruna, como você enxerga o papel do ambiente digital para o mundo corporativo?
O ambiente digital é imprescindível para todas as áreas — e o mundo corporativo não foge disso. Estamos online o tempo inteiro, existindo nesse ambiente, o que significa que há um público-alvo nas redes sociais. Se eu não me comunicar por lá, estou perdendo uma oportunidade de negócio. Esse é o ponto para as pessoas entenderem que o mundo digital é importante para qualquer negócio, seja ele pessoal, com um personal branding, ou para uma empresa.

Ao seu ver, quais são os principais desafios de atuar na área de Digital?
Temos um desafio de organização, porque é um volume de produção muito grande e, dentro dessa produção, inclui-se: estratégia, copywriting, legenda, edição de arte, gravação de vídeo, adequação de tom de voz — as marcas têm personalidades que precisam ser seguidas, para o público sentir que está conversando com alguém, consumindo um conteúdo humanizado — e mensuração de resultados. Entender dados e lidar com alcance e engajamento são um desafio.

O que destaca um bom profissional nesse meio?
Existem vários tipos de profissionais competentes. Há aquele que produz um conteúdo muito bom, pois entende que cada marca tem um tom e sabe identificar o que é apropriado em termos de conteúdo e, até mesmo, na escolha de palavras. Existe também um perfil mais analítico que vai pegar aqueles dados e destrinchar formas de ajudar o cliente. Além disso, existe a pessoa que tem um pensamento estratégico muito forte e que vai ajudar em um planejamento de comunicação bem robusto e adequado.

Atualmente, como é o escopo de clientes da Mira? Como as redes sociais contribuem para a atuação da agência?
A Mira se posiciona como uma empresa que atende marcas engajadas, que tenham algum propósito. Tendo isso em vista, as redes sociais têm mil e um usos diferentes. Um deles, por exemplo, é a rede (de pessoas) que você consegue criar para a defesa de pautas ESG. Nos próximos anos, o ESG vai crescer mais ainda e o mercado vai ter que mudar sua forma de agir.

Hoje, os consumidores já estão mais conscientes e sabem exigir das empresas essa responsabilidade sustentável. Partindo do pressuposto que esse público está online, é importante as marcas divulgarem campanhas, participarem de redes de apoio, auxiliarem pessoas e produzirem conteúdo informativo.

Quais as principais etapas para fazer conteúdos para as redes?
O conteúdo produzido para as redes tem que ser estratégico, então o primeiro passo antes de tudo é definir o tom de voz da marca, os objetivos, os propósitos e os valores. E, posteriormente, definir as metas de crescimento do negócio e das redes sociais.

Como Coordenadora, que mudanças você pretende trazer para a área de Digital?
Sobre mudanças, pretendo dar uma repaginada em alguns processos, para otimizar o tempo da equipe – o que inclusive acaba facilitando as entregas. Pretendo especializar ainda mais a nossa parte de performance para o cliente e fortalecer essa parte, porque é a chave de qualquer negócio.

Como você vê a atuação da Mira daqui para frente?
Acho que a Mira tem total capacidade de assumir mais contas e fazer grandes campanhas. Além disso, atender áreas culturais, mais ONGs — e fazendo tudo isso sem perder essa característica de Comunicação Integrada 360°. A minha passagem por PR fez com que eu tivesse essa integração com a Mira como um todo, basicamente, então é muito do meu perfil garantir essa troca e essa estratégia integrada.

Por fim, na sua opinião, o que diferencia a Mira de outras agências?
Logo quando voltei para a agência em 2020, depois de atuar com outras empresas, percebi o quanto a Mira é boa no quesito atendimento. Essa questão de estar sempre disponível para o cliente, atendendo às necessidades dele, mapeando tudo que ele precisa, com uma estratégia específica e estando presente de forma adequada. Esses são os diferenciais da Mira, discrepantes de outras agências. Eu, particularmente, também coloco na balança o ambiente saudável — temos uma relação de amizade com todo mundo, estamos sempre nos ajudando.

 

 

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“Entender a fluidez e a transformação dos veículos e das pessoas é o primeiro passo para ter bons resultados de imprensa”

Por blogSem comentários

Yolanda Drumon, nova coordenadora de PR Strategy da Mira, fala sobre os desafios da carreira e a sua estratégia para potencializar os talentos da agência

 

 Com mais de 20 anos de experiência no mercado da comunicação, a jornalista Yolanda Drumon assumiu recentemente a coordenação do nosso time de PR Strategy com a missão de continuar potencializando a voz dos nossos parceiros na opinião pública. Em uma conversa descontraída com a nossa equipe de Conteúdo, a paulistana, que já atuava na Mira como consultora de comunicação, afirma que sua gestão será estruturada nos pilares de resultado e estratégia, sem renunciar ao olhar sensível para os colaboradores. Confira:

Mulher sorridente de cabelos castanhos ondulados, usando óculos de armação marrom e um blazer roxo por cima de uma blusa estampada em preto e branco. Ela está posando contra um fundo branco, segurando levemente o lado do óculos com a mão direita.

Você atua como jornalista há mais de 20 anos. Como foi o seu início na profissão?

Eu comecei a trabalhar com 19 anos, no segundo ano da Faculdade Cásper Líbero. Durante o curso, trabalhei em diversos veículos: primeiro, em revistas nichadas e, mais tarde, atuei como assistente de produção na TV Record. Quando acabei o estágio, surgiu a oportunidade de trabalhar em uma agência de comunicação – e, desde então, não saí mais do jornalismo corporativo.

Você sempre se imaginou trabalhando como PR?

Na graduação, isso era uma coisa que não passava pela minha cabeça. Hoje, fazendo uma reflexão, acho que fez todo o sentido para mim. Na Cásper, eu era muito amiga dos alunos do curso de Relações Públicas. Nisso, descobri que os meus skills são muito mais próximos à área, porque eu tenho essa questão da socialização, da visão administrativa e gerencial da comunicação. Ter feito uma pós-graduação em Relações Públicas me ajudou a entender que esse era mesmo o meu caminho.

Antes da Mira, quais foram as suas experiências no jornalismo corporativo? O que mais te marcou?

Na primeira agência que trabalhei, focada no segmento de turismo, fazíamos uma assessoria muito diferente da atual, sem integração, mas foi uma oportunidade interessante porque eu viajava e fazia Media Training em hotéis pelo Brasil. Em seguida, fui para uma agência multifacetada, onde atuei como assessora de imprensa da Câmara Americana de Comércio por quatro anos. Do ponto de vista profissional, acho que foi uma “virada de chave” na minha vida, pelo desafio e pelo modelo norte-americano de atuação de excelência – afinal, o PR nasceu nos Estados Unidos. Aprendi muito sobre a cultura organizacional e, depois, fui contratada para ser a gerente dos comitês de conteúdo deles.

Depois, fui expandindo a minha trajetória de comunicação corporativa: trabalhei na segunda maior agência de comunicação do Brasil.

E o que te motivou a migrar para a área da educação?

Eu resolvi migrar para a área da educação por uma afinidade que tenho desde pequena. Eu brincava de dar aula para as minhas bonecas e, com 13 anos, comecei a dar aula particular para os vizinhos. Para mim, era muito importante dialogar com isso e comecei a procurar trabalhos relacionados.

Nessa trajetória, quais foram os seus primeiros trabalhos no campo da educação?

Tive a oportunidade de contribuir com duas matérias para a Editora Segmento, referência na área de educação. Aconteceu algo muito legal: minha matéria foi capa da Revista Educação com uma pauta sobre “é possível aprender inglês na escola?” – que era uma discussão muito nova. Também participei da Revista Ensino Superior e gostei bastante.

No fim, isso acabou abrindo portas para um contrato com a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli – USP) – fiquei alguns meses fazendo os eventos deles. Depois, trabalhei por seis anos no Departamento de Marketing de um colégio em São Paulo, como assessora de imprensa e conteudista.

Três pessoas estão reunidas em um ambiente de escritório, concentradas em uma atividade com um laptop. À esquerda, uma mulher de óculos e blazer cinza mexe no teclado, enquanto o homem ao seu lado, também de óculos e usando um terno preto, observa a tela. Ao fundo, um terceiro homem sorri, participando da conversa. O ambiente é moderno, com grandes janelas e luz natural.

Além da graduação em Jornalismo, você também possui um diploma em Letras. Por que decidiu buscar essa formação?

Trabalhando no colégio Arquidiocesano em SP, eu vivi o pedagógico. Acabei fazendo Letras por conta do encorajamento de um diretor de lá que falava: “estar na escola tem a ver com estar estudando”. Acabei pegando carona e realizando esse desejo antigo da Licenciatura.

Hoje, como coordenadora de PR Strategy da Mira, qual é a melhor parte de trabalhar com educação?

Eu sempre amei a sala de aula e, hoje, eu me considero realizada por fazer, na Mira, essa ponte entre comunicação e educação. A melhor parte do trabalho tem a ver com esperança, porque eu acredito que o mundo pode melhorar a partir da educação.

Aproveitando a sua visão estratégica, Yolanda, qual é o segredo para trazer bons resultados na mídia para uma instituição de ensino?

Na mídia de hoje, existe um diálogo entre a imprensa, as redes sociais e os influencers. Entender a fluidez e a transformação dos veículos e das pessoas é o primeiro passo para ter bons resultados, adaptando a sua necessidade de divulgação às mudanças. Além disso, é preciso ser assertivo e estratégico, sabendo qual a mensagem se quer passar e se ela combina com o veículo. O assessor de imprensa não é um mero reprodutor de conteúdo corporativo, ele deve pensar e agir como facilitador do trabalho do jornalista.

Atualmente, quais os desafios do presente e do futuro na área da comunicação?

A comunicação passou por transformações incríveis nos últimos anos, um processo de digitalização muito grande. Isso mudou tudo: a interação, o alcance, o protagonismo de quem faz e consome notícia, a hierarquia… Esse já é o presente e o futuro. O desafio é lidar com as transformações constantes e rápidas da comunicação. Mas eu vejo isso como positivo, porque nos desacomodamos e somos capazes de crescer, driblando cenários desafiadores.

Qual é o papel do profissional de PR no mundo contemporâneo?

No mundo digital, os profissionais de comunicação, de modo geral, ganharam muita importância, porque quem dá voz ao que se faz nos negócios é o PR. O profissional costura relações, vê oportunidades, não só de imprensa, mas de relacionamento. Assim, ele ganha também o papel de consultor estratégico.

Em fevereiro, você assumiu a coordenação de PR da Mira. Quais são as suas expectativas atuando nessa função?

Quero ajudar na construção coletiva. Hoje em dia, temos muito claro que uma gestão – no caso, a coordenação – deve ser compartilhada. Precisamos ter consciência de que somos apenas uma peça facilitadora na costura entre direção e colaboradores. Então, o melhor que se faz é usar o seu conhecimento em favor da equipe para potencializar o talento que já existe, dentro de um time que considero extremamente eficaz e engajado.

Que mudanças você pretende trazer? O que pretende manter?

A Mira é uma agência extremamente eficiente que se construiu em um segmento nichado e desafiador no Brasil, o da educação. Então, manter toda a estrutura de abordagem é importante. O que pretendo trazer é a potencialização dos talentos, a organização, fazer cross entre os clientes, ver o esforço e o resultado dos colaboradores, que devem atuar como consultores para o mercado. Eu tenho dois pilares de atuação: resultado e estratégia, mas pretendo continuar fazendo isso de forma coletiva – é um mérito da equipe.

Por fim, o que diferencia a Mira das demais agências?

A Mira tem diversos diferenciais. O principal é o tom acolhedor, essa sensação de que você precisa estar bem para performar, um equilíbrio entre vida profissional e emocional. Além disso, a excelência no atendimento. Existe uma preocupação com cada cliente e não se trabalha com números aleatórios. Cada pessoa faz parte de um time, que trata o cliente como único, para oferecer o melhor atendimento possível.

Para saber mais sobre a nossa atuação em assessoria de imprensa, Clique aqui.

 

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