Estratégia busca que conteúdos e anúncios não sejam veiculados em ambientes digitais inadequados ou inseguros, como os que propagam notícias falsas ou discursos de ódio, evitando danos à imagem da empresa
O conceito de brand safety tem ganhado força nos últimos anos, com o ambiente digital cada vez mais complexo, dinâmico e suscetível a riscos de imagem para as marcas. Com o crescimento das redes sociais, das plataformas de vídeo e da publicidade programática, os conteúdos e anúncios passaram a circular em uma multiplicidade de espaços e nem sempre com total controle sobre onde aparecem.
O mundo virtual também se tornou um dos principais meios de uma marca chamar a atenção do público. Mas não basta comprar um espaço para um anúncio em determinada rede social ou site para garantir sucesso, pois é necessário haver uma identificação entre a marca e o ambiente onde ela está sendo veiculada.
Essas são algumas das ideias relacionadas ao brand safety, que está se popularizando por conta do entendimento das empresas sobre a melhor maneira de divulgar seus produtos. Neste post, vamos explorar a definição de brand safety, sua importância para as marcas e boas práticas para proteger a imagem no mundo virtual.
O que é brand safety
Brand safety, ou “segurança de marca”, diz respeito a práticas adotadas por empresas para garantir que seus anúncios no ambiente digital não sejam associados a conteúdos ou contextos considerados inseguros, inadequados ou prejudiciais, como fake news, discursos de ódio e discriminatórios. A ideia é proteger a reputação da marca, assegurando que ela esteja em ambientes alinhados à sua identidade e aos seus valores.
O conceito surge em um cenário em que cresce a automação na compra de anúncios (mídia programática) em espaços publicitários digitais, utilizando softwares e dados para segmentar o público-alvo e planejar a veiculação em diferentes plataformas. Nesse contexto, é preciso contar com medidas de proteção para garantir que os sistemas não coloquem a marca em espaços de risco.
As estratégias de brand safety permitem controlar os locais onde os anúncios são veiculados. Assim, a empresa aumenta suas chances de atingir o público-alvo e mantê-lo afastado de veículos que não fazem sentido para seu conteúdo. Por exemplo: uma marca de produtos sustentáveis pode evitar anunciar em sites que promovem práticas prejudiciais ao meio ambiente. Ou uma instituição financeira pode não considerar adequado veicular anúncios em páginas que divulgam jogos de azar ou apostas ilegais.
Brand safety e brand suitability
Ter atenção a esses riscos é essencial para promover a marca em espaços adequados, que dialoguem com o seu público-alvo e potenciais clientes. Por isso, além de evitar contextos negativos, as marcas mais avançadas em gestão de reputação investem no conceito de brand suitability. Ele garante a adequação do conteúdo ao perfil e propósito da marca, o que significa escolher ambientes e mensagens que não apenas evitam riscos, mas que reforçam o posicionamento institucional e os valores organizacionais. O brand safety busca segurança, enquanto o brand suitability assegura coerência e afinidade com os valores da marca.
Para uma empresa especializada em nutrição, por exemplo, seria interessante aparecer em veículos voltados para a saúde e o bem-estar. O mesmo para uma marca de brinquedos infantis ao estar presente em espaços que veiculam conteúdos educativos.
Importância do brand safety
Confira algumas das principais vantagens do brand safety:
- Proteção da reputação: estar vinculado a conteúdos inadequados pode comprometer a imagem da marca e gerar desconfiança no público.
- Prevenção de prejuízos financeiros: anúncios em sites impróprios podem resultar em perda de investimentos.
- Coerência com os valores da marca: assegura que a marca seja relacionada a conteúdos em sintonia com seus princípios e posicionamento, fortalecendo sua identidade.
- Melhor retorno com publicidade: anúncios exibidos em ambientes seguros têm maior chance de alcançar o público certo e gerar resultados positivos.
Boas práticas de brand safety
Há passos essenciais para que o brand safety funcione de forma assertiva. Confira alguns dos principais:
- Definição de valores e posicionamento: antes de qualquer ação de comunicação, é fundamental que a marca tenha bem definido seus valores e sua missão. Esses elementos servem como bússola para orientar decisões sobre onde e como aparecer (e onde não aparecer).
- Parcerias com veículos seguros e verificados: ao investir em publicidade digital, é essencial verificar a reputação dos veículos. A transparência e a credibilidade dos canais são fatores-chave de segurança.
- Uso de listas de bloqueio e de permissão: a criação de listas de veículos — whitelists, para os sites e páginas que fazem sentido para a divulgação da marca, e blacklists, para espaços que devem ser evitados — ajuda a controlar onde o conteúdo da marca será exibido. Usar filtros é indispensável para campanhas digitais que envolvem diferentes meios e públicos.
- Gestão de crise: um plano de gerenciamento de crise deve estar pronto para ser colocado em prática pois, mesmo com controles rigorosos, incidentes podem acontecer. Ter uma resposta rápida e transparente também faz parte das boas práticas de brand safety, constituindo um diferencial das marcas que se preocupam verdadeiramente com o seu público.
Como a Mira ajuda a proteger sua marca
A Mira Comunicação trabalha o brand safety de forma estratégica e integrada, atuando como guardiã da reputação de seus clientes. Nessa perspectiva, o brand safety vai além da publicidade digital: envolve proteger a imagem da marca em todos os canais de comunicação. Inclui também garantir coerência e alinhamento das mensagens nas diferentes ações de PR (public relation ou relações públicas), desde o planejamento da comunicação até o relacionamento com a imprensa, a produção de conteúdo, a gestão de redes sociais e o gerenciamento de crise, quando for o caso.
Na assessoria de imprensa, ao selecionar veículos e pautas, a Mira preza pela adequação entre o perfil do canal e os valores do cliente. Na produção de conteúdo, como blogs, o brand safety também passa pela curadoria de temas e linguagem. É essencial garantir que o conteúdo reflita os princípios da marca e não gere interpretações equivocadas. Já a gestão de redes sociais envolve o monitoramento contínuo das interações para evitar que a marca seja associada a discursos ofensivos ou situações polêmicas. Numa eventual gestão de crise, o monitoramento constante do ambiente digital permite identificar menções negativas, fake news ou crises em potencial antes que ganhem maiores proporções. A equipe de PR pode agir rapidamente com planos de contingência, comunicados oficiais e mensagens alinhadas ao posicionamento da marca, evitando danos à reputação.
Assim, o brand safety é uma extensão natural do trabalho de PR, pois fortalece a confiança, a credibilidade e a coerência da comunicação. Quando bem aplicado, ele não apenas previne crises, mas também reforça o valor da marca no longo prazo.
Conclusão
No cenário digital, as marcas estão expostas à velocidade das redes sociais, ao poder dos algoritmos e à imprevisibilidade do comportamento online. Nesse contexto, o brand safety se consolida como uma ferramenta estratégica de responsabilidade corporativa e prevenção de riscos.
Mais do que proteger anúncios ou evitar incidentes pontuais, a prática representa uma visão integrada de comunicação e reputação. Cada ação deve considerar o que a marca quer comunicar, como, onde e ao que essa mensagem será associada.
Implementar boas práticas de brand safety é, portanto, uma demonstração de maturidade institucional. Quando a marca cuida de sua segurança, ela também respeita o seu consumidor e fortalece sua credibilidade no longo prazo.
Quer saber mais sobre como proteger a sua marca e potencializar o seu negócio? Entre em contato com a Mira Comunicação!
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