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MiraTalks: Fabrício Garcia, da Qstione, fala sobre sistemas de avaliações

Por blogSem comentários

O professor explica como examinar os alunos e as instituições de forma eficaz e comenta sobre os atuais métodos avaliativos

Existe uma discussão no setor educacional acerca da efetividade dos sistemas de avaliações tradicionais. O método de testar os estudantes e somente atribuir notas, apesar de ajudar a entender a qualidade do processo de aprendizagem, nem sempre é suficiente para uma avaliação integral, que permita ao aluno avançar. Fabrício Garcia, professor e sócio-fundador da plataforma Qstione, falou sobre o assunto no quinto episódio do MiraTalks.

O podcast é realizado pela Mira Comunicação em parceria com a Carijó Filmes. Os episódios são lançados toda primeira segunda-feira do mês e abordam temas relacionados à comunicação, empreendedorismo, inovação e educação, com convidados especializados na área.

Feedback e apoio aos estudantes

Um dos principais problemas com o sistema de avaliação tradicional é a limitação dos professores em fornecer feedbacks e ajuda aos discentes. Como docente, Fabrício sentia dificuldade em oferecer uma resposta mais técnica e completa quando o aluno tinha um resultado negativo.

“A minha resposta comum era a que todo professor dá: ‘dedique-se mais, estude mais’”, comenta. “Só que eu fui percebendo que quando você tem um resultado negativo e o professor lhe dá uma resposta genérica como essa, isso pode ser até um fator que desestimula o estudante a seguir. Como é que você fala ‘estude mais’? Será que o cara já não estudou muito? Será que ele não passou o dia trabalhando e perdeu a noite estudando para tentar ter um bom desempenho na avaliação?”, questiona.

O artigo “Useful Feedback, More Than Praise, Helps Students Flourish”, publicado na revista Scientific American afirma que um feedback mais detalhado e personalizado é muito mais útil e eficiente do que somente um encorajamento. “Receber apenas elogios pode ser enfraquecedor porque limita o potencial de aprendizagem e crescimento”, afirma a autora Camilla Mutoni. Por outro lado, apenas criticar o trabalho do estudante sem oferecer orientações para que ele possa melhorar também não é eficaz. Os professores devem orientar os alunos sem esquecer de apontar seus erros quando necessário.

Avaliações internas e externas

Outro assunto abordado foi o diferente papel das avaliações internas, como as provas periódicas feitas pelos próprios educadores da instituição, e as externas, como o Enem e o Enade. Fabrício acredita que as primeiras são as mais importantes, porque podem ser funcionais para entender o desempenho de cada aluno, docente, turma ou curso. “Elas identificam gargalos internos que as avaliações externas não são capazes de revelar”, comenta o professor.

Afinal, exames como o Enade apresentam um resultado com base em certos critérios, mas não indicam exatamente como é possível melhorar o problema. “É como você receber o diagnóstico de uma doença, perguntar ao médico qual é o remédio e ele dizer ‘não sei’. Aí você vai fazer o quê?”, ilustra Fabrício. “Eu costumo dizer que as avaliações externas servem como auditoria pedagógica. Elas dão uma visão bem ampla de onde pode estar o problema, mas são as pequenas avaliações realizadas internamente que vão identificar mais precisamente isso”, finaliza.

Porém, os exames não resolvem tudo. Sem uma construção curricular adequada e uma boa cobertura desse currículo, não é possível avaliar corretamente os alunos. Segundo o educador, um currículo escolar é um conjunto de descritores que informam o que deve ser ensinado e em qual ordem, visando nortear o processo de aprendizado. “Se você não tem isso bem estruturado, eu vou avaliar o quê?”, diz ele.

A tecnologia na educação

Fabrício também comentou sobre a correta utilização dos recursos tecnológicos no ambiente escolar. A própria Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) sugere cautela com o uso de tecnologia nas escolas. O órgão afirma que deve haver mais atenção aos resultados do aprendizado do que aos artifícios utilizados. Nem todo aparelho digital traz benefícios para a instituição de ensino e, se não houver os devidos cuidados, essas ferramentas podem até mesmo prejudicar o desempenho estudantil.

De acordo com o professor, muitas empresas de tecnologia se preocupam mais com a apresentação grandiosa do produto do que com sua base pedagógica. “Muita gente está entrando no setor de tecnologia educacional sem estudar a educação. A tecnologia é um meio, não o fim”, afirma. Assim, é preciso ter cuidado com as “modinhas” tecnológicas, como o metaverso ou os óculos de realidade virtual, e pensar qual será o resultado prático disso.

“Você não pode inventar coisas que fogem muito da lógica do professor”, continua Garcia. “Se você cria uma ferramenta radical que muda tudo, vai ser difícil para aquele profissional se adaptar”. Afinal, o setor educacional costuma ser muito resistente a mudanças. As transformações precisam acontecer, mas em um ritmo que acompanhe o processo de adaptação e não descarte o que está funcionando.

Gostou desse assunto? Confira o texto do último episódio do Mira Talks para conhecer mais sobre outros temas abordados no podcast.

Identidade-visual

Identidade visual: conheça a importância para sua marca

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Entenda o que esse conceito significa e como explorá-lo da melhor forma

A identidade visual é um composto de elementos gráficos e visuais que constroem a atmosfera e a personalidade da empresa para os consumidores. Ter uma identidade bem definida ajuda a construir autoridade da marca e estabelece uma conexão com o público, tornando-se relevante para ele.

É a partir destes elementos que a marca será lembrada, e são deles que partem os comentários e o engajamento gerado. Para que uma empresa seja reconhecida nos momentos de compra de produto e de tomadas de decisão, é preciso destacar suas melhores qualidades e garantir que ficarão na memória coletiva dos consumidores, transmitindo o objetivo e visão da marca.

Quer um exemplo prático? A empresa Google, mesmo mudando a tipografia do logo pelos anos, continua reconhecível por suas cores e seu “G” marcante. Sua identidade é colorida e versátil, estando presente e reconhecível em todos os produtos da marca e passando a imagem de inovação e criatividade.

Outro exemplo é a Coca-Cola, mundialmente conhecida pelo vermelho e branco e a tipografia curva específica do logo. Isso se combina com seus elementos gráficos de branding, como o formato das garrafas e mesmo a cor da bebida, trazendo uma fidelidade à marca porque pode ser reconhecida de longe, em qualquer loja ou supermercado.

Identidade Visual x Branding: qual a diferença

papel com identidade visual
Agora que você já sabe o que é uma identidade visual, é preciso explicar o que é branding, e porque são dois conceitos diferentes. Branding engloba toda a estratégia de gestão de marca, envolvendo todas as ações feitas em prol do posicionamento da empresa, visando construir uma imagem positiva. Esse conceito também leva em conta efeitos visuais, além de sons e cheiros que evocam a lembrança da marca.

Uma empresa com boa identidade visual certamente será mais lembrada pelos consumidores, mas é o branding que garante seu posicionamento no mercado. A identidade visual faz parte do branding, como todas as ações planejadas de uma empresa, e engloba o nome da marca, logo, tipografia, slogan e paleta de cores.

Ambas as ferramentas compõem a estratégia de comunicação visual e posicionamento de uma marca, fazendo com que ela seja vista e se relacione com o público-alvo. Além disso, esses elementos geram credibilidade para a marca, melhoram a experiência dos consumidores e os fidelizam, aumentando a probabilidade de marketing de recomendação.

Veja também: O que é marketing de conteúdo e como definir uma boa estratégia

O que é uma boa identidade visual?

Para criar uma boa identidade visual, é importante entender primeiro quem é o público que se deseja atingir, e definir a persona desse potencial comprador: faixa etária, localização, escolaridade, gênero, etc. Com as inspirações e os significados, a persona integra a ideia de conceito do projeto, e é isso que dita todas as futuras decisões de como será produzida a identidade visual da marca.

Essa ferramenta é constituída de uma tipografia que a diferencie de outras, aplicando estilos, formatos e efeitos visuais ao nome e slogan da marca. Além da fonte, também é preciso pensar nas cores, e nas sensações que elas geram. Cores possuem significados, e conforme o perfil da sua persona e seu modelo de negócios, podem passar mensagens diferentes.

Além disso, as formas associadas à marca também devem ser escolhidas com atenção. A identidade visual depende das emoções passadas por essas formas. Ícones representando valores e promessas da marca também trabalham em conjunto com o logo e as formas, assim como a fotografia, presente em anúncios, propagandas e nos indispensáveis perfis nas redes sociais. Isso cria um adendo importante: com as redes sociais sendo quase necessárias para a existência de uma marca, as fotos e vídeos do feed precisam estar em consenso e organização, fazendo sentido para consumidores antigos e novos. Essas ações possibilitam uma boa experiência de marca, fidelizando e potencializando clientes e criando ainda mais visibilidade. A identidade visual precisa estar presente e ser reconhecível em meio ao feed infinito das redes.

Todos esses elementos reunidos formam o logotipo, que expressa o conceito da marca e precisa ser bem-planejado para passar os valores e missão da empresa. Junto ao logo, essa identidade será aplicada no site da empresa, em produtos físicos dela, nas redes sociais, em vídeos e fotos, cartões de visita, assinatura de e-mails e mesmo nas apresentações de PowerPoint da empresa.

É indicado que a criação de uma identidade visual seja feita logo no início, como parte do conceito de branding, e deve ser trabalhada ao longo da evolução da marca. Atualizações são bem-vindas caso o conceito, missão, visão e valores da empresa mudem ou sofram alterações, ou mesmo em caso de um rebranding total. Uma nova identidade visual é essencial para ser compatível com os novos objetivos e a nova cara da marca. Isso também pode ocorrer quando a empresa passa por uma fusão ou aquisição, ou quando passa por alteração de produtos – quando é comum reavaliar as mensagens que a marca deseja passar.

Com isso, quando uma empresa existe há muito tempo, e o branding e a identidade visual não correspondem às tendências atuais do design e estão com cara de datados, pode ser o momento de investir em uma revitalização da identidade visual.

Também é possível realizar pequenas mudanças na identidade visual ao longo do tempo, sem ser algo radical. Mudanças sutis na tipografia, nas formas, e mesmo na tonalidade das cores, sem perder de vista o conceito, são bem-vindas quando a marca deseja se atualizar dentro do mercado.

Identidade visual: em resumo

Identidade-visual-em-resumoConforme abordado durante o texto, a identidade visual de uma empresa é como ela se mostra para os outros, como será vista externamente. Toda essa área é pensada para ser condizente com os produtos e com a mensagem que deseja passar para o público. Além disso, a identidade visual mostra os produtos e a marca em si de modo que as pessoas desejem consumir aquilo que está sendo mostrado a elas.

Por ser um produto do branding, ou seja, da estratégia de gestão de marca, deve ser trabalhado desde o início, incluindo formas, cores, slogans e tipografia, logos e todos os outros componentes visuais que façam parte da marca. São esses componentes que tornarão a marca reconhecida – e reconhecível entre as outras – e passarão a visão e personalidade daquela empresa e de seus produtos com apenas um olhar dos consumidores. Mas, por mais que este texto tenha destrinchado os tópicos da identidade visual para uma compreensão mais fácil desse conceito, ainda não é algo fácil de ser produzido, especialmente sem expertise do assunto e de tudo que ele engloba. Afinal, é uma parte muito importante da formação de conceito da marca, e é recomendado que seja criada com a ajuda de profissionais.

Por isso, a Mira Comunicação, uma agência com quase dez anos de mercado que desenvolveu expertises nas áreas de educação, saúde, finanças, negócios, tecnologia e sustentabilidade, apoia as organizações em todo o processo de comunicação: do branding à identidade visual, plano estratégico de PR até assessoria de imprensa e gestão de mídias digitais. Com uma equipe  formada por jornalistas, publicitários, relações-públicas e designers, todas essas áreas são feitas por profissionais que podem guiar sua empresa, combinando conhecimentos e habilidades para estabelecer conexões reais e duradouras com seu público.

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Inteligência Artificial Generativa e gestão Escolar: o desafio da inovação

Por blog, PodcastSem comentários

Esther Carvalho, diretora do Colégio Rio Branco, participa do quarto episódio do MiraTalks e discute o uso de inovações, como a inteligência artificial generativa na educação.

 

Você já ouviu falar de Inteligência Artificial Generativa? Claro que a IA já é um assunto discutido amplamente, cada vez mais presente no mercado de trabalho, mas o termo generativo é relativamente novo. Ele indica que uma tecnologia é capaz de aprender padrões complexos de comportamento a partir de uma base.

Pode ser que você nunca tenha escutado esse nome, mas provavelmente conhece o ChatGPT, um dos exemplos mais famosos de IA Generativa, que consegue “aprender” conforme recebe treinamento e dados disponíveis na internet.

Mas como utilizar essa Inteligência Artificial no campo da educação? É possível e viável, e como isso ocorre? Para explicar e aprofundar o debate no assunto, o quarto episódio do MiraTalks trouxe Esther Carvalho, diretora do Colégio Rio Branco, para discutir este e outros tópicos dentro do tema “inovação na educação”.

IA Generativa no ambiente escolar

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Esther Carvalho acredita que é, sim, possível unir essa tecnologia na educação, mas que também é importante entender como a escola pode se configurar para trabalhar metodologias adequadas e relevantes aos alunos. “A grande questão é a criação de pessoas críticas e autônomas para viver nesse mundo complexo permeado pela inteligência artificial generativa”. Ela também explica que essa tecnologia não é algo novo, e que é muito utilizada, às vezes sem nem sequer nos darmos conta. Por isso mesmo, cabe um aprofundamento nesse assunto antes de ser implementado em escolas e instituições.

Para que a IA generativa seja inserida no ambiente escolar de modo saudável, Esther afirma que é preciso considerar que o jovem irá fazer uso dela independente do que a escola diga, porque as pessoas já estão usando a tecnologia. Logo, é preciso tornar isso um objeto relevante e de aprendizado dentro da sala de aula, trabalhando com os jovens para que façam boas escolhas tendo essa inovação em mãos. Mas como fazer isso?

Em primeiro lugar, é necessário separar o conteúdo de qualidade e trazer à tona a importância da curadoria dos conhecimentos. A diretora do Rio Branco conta que pediu aos coordenadores que explorassem os limites e o que era possível fazer com a IA generativa, e algo que lhe chamou atenção foi: o coordenador de Língua Portuguesa disse que as poesias de Carlos Drummond de Andrade que o ChatGPT citava como fonte simplesmente não existiam. Eram bem construídas e pareciam ser de sua autoria, mas eram falsas. Por isso, a checagem     de informações se faz tão necessária. “Hoje, a gente consegue fazer uma curadoria desse conhecimento, mas e daqui há cinco, dez anos? O que vai ser desse conhecimento, como saber o que é verídico, o que é real?”

Isso porque a Inteligência Artificial Generativa gera, como o próprio nome diz, conteúdos de uma forma não humana, baseada em informações diversas, inclusive cujas fontes não se tem acesso. Isso muda a forma como os alunos buscam por informações e por conhecimento, porque a escola já não é a única fonte desses elementos. É um tema complexo e Esther afirma que ainda é necessário muito estudo sobre o assunto.

A dificuldade de inovar na educação

A diretora do Colégio Rio Branco explica que os pais têm um “pé atrás” em relação à inovação nas escolas, como se os filhos fossem cobaias de experimentos dentro do ambiente escolar. Por isso, quando a escola decide inovar, é importante que ela informe seus caminhos aos pais e esteja disposta a compartilhar e se abrir ao retorno, aos medos e anseios das famílias. Todos os novos processos em uma escola movem os alunos, professores, família e gestores.

Há um ponto de equilíbrio entre a inovação dentro da escola e a tradição, especialmente de escolas que já estão no mercado há bastante tempo e que já possuem uma identidade consolidada, um legado a seguir. Uma instituição que já possui esse tipo de história deve levá-la em consideração, mas também precisa considerar os problemas dessa responsabilidade. “São desafios diferentes, inovar a partir de um processo que começa do zero ou em uma escola que sempre foi bem sucedida ao longo da história, especialmente com uma educação tradicional”.

O trabalho de inovação de uma instituição de ensino deve ser feito a partir do que ela já é, sendo pensado a partir da realidade de pessoas que já estão convivendo nela, ou seja, dos funcionários que estão ali há um tempo e possuem uma metodologia específica, e dos alunos que já conhecem a escola e como funciona os estudos e avaliações de lá. Para tomar decisões adequadas e fazer as transformações desejadas, não adianta imaginar uma escola diferente daquilo que já existe. “Imaginar o que você quer ser, fundamentar o que você quer ser, e construir um processo que não é linear são processos bastante complexos.”

Como trabalhar inclusão nas escolas

A inclusão foi a ferramenta escolhida, dentre as muitas existentes, pelo Colégio Rio Branco para gerar impacto na sociedade. No Colégio, existe o Centro de Educação para Surdos Rio Branco, referência em educação bilíngue Libras – Português, no qual as crianças, a partir do sexto ano, são incluídas em salas de alunos ouvintes, tendo a presença de intérpretes de Libras.

Por isso, Esther Carvalho afirma que a diversidade é uma matriz, um valor a ser seguido. Isso muda, inclusive, como os educadores entendem a performance dos alunos. “Performance, para nós, é termos a condição de que cada criança, na sua especificidade, atinja o seu melhor. Não apenas os melhores resultados dos vestibulares, os melhores resultados nas Olimpíadas, que são importantes. Mas não abrimos mão das especificidades das crianças, porque todos nós precisamos aprender a viver em um mundo de diversidade”. O respeito, para ela, é um elemento fundamental, e a vivência das crianças de realidades diversas faz uma enorme diferença.

A diversidade é benéfica a todos, entre ambos os lados dessas relações criadas. Existe um aprofundamento dentro do colégio, ainda em andamento, voltado para a questão étnico-racial, para quebrar os preconceitos estruturais que a sociedade tem. Esther afirma que é preciso se aprofundar nesses pontos, envolver famílias, criar reflexões dentro da escola, e deixar o tema vivo dentro da escola.

Encontros com a direção

Quando se fala de envolver a família na educação, o Colégio Rio Branco possui uma iniciativa chamada “encontros com a direção”, nos quais a proposta é de providenciar encontros entre pais de alunos e gestores da escola para discutir educação sem a pretensão de estar certo. Com a regra de não serem tratados assuntos pessoais, as reuniões abordam tópicos como a cultura da vaidade, drogas, educação sexual e competências socioemocionais.

Esther Carvalho acredita que a escola tende a dizer o que os pais devem ou não fazer, enquanto a família também quer ditar as regras da instituição – mas, na verdade, mesclar os responsáveis e a educação é algo muito mais complexo. “A comunicação é fundamental, porque ela precisa partir do princípio de que vamos percorrer juntos a trajetória de formação das crianças. Mas é importante saber que a gente não vai concordar sempre e que existem decisões que nem sempre vão agradar. Mas a gente está do mesmo lado.”

Gostou desse conteúdo? Então, leia o texto sobre o terceiro episódio, que falou sobre a tecnologia no futuro do sistema educacional.

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Gerenciamento de crises no ambiente escolar

Por blog, Comunicação & TendênciasSem comentários

Diego Ramalho e Juliana Miranda, diretores executivos da Mira Comunicação, em parceria com o Sejuntacast, discutem como gerenciar as crises em escolas

Uma crise de reputação pode ser definida como qualquer acontecimento ou evento que possa ter um impacto negativo na imagem ou reputação de uma marca. Um dos episódios do Sejuntacast, o podcast da consultoria em tecnologia educativa Sejunta, trata justamente sobre o gerenciamento de crises no ambiente escolar. Os diretores da Mira Comunicação, Diego Ramalho e Juliana Miranda, se unem aos hosts Guilherme Camargo, Fundador da Sejunta, e Yuri Ribeiro, Coordenador de Educação, para discutir o tema.

Durante o podcast, Juliana e Diego falam sobre como a tecnologia aumenta os riscos para a reputação das instituições, mas eles já existiam antes. Eles argumentam que a tecnologia pode ser responsável pelos conteúdos se tornarem “virais” mais rapidamente, mas também pode ser uma aliada no gerenciamento de possíveis crises. Além disso, o episódio também explica quais são os protocolos que devem ser planejados para possíveis crises, e como funciona o pré, durante e pós de uma crise de imagem e reputação.

Como abrir o diálogo por meio da internet

Problemas que sempre existiram no ambiente escolar, e que geralmente eram levados por uma criança diretamente aos pais e, então, discutidos entre os responsáveis e os diretores ou coordenadores do colégio, hoje podem ir parar diretamente em grupos de WhatsApp ou em redes sociais e tomarem uma proporção muito maior do que o esperado. Por isso, Juliana indica que os gestores de escolas e instituições de ensino se apoiem sempre em respostas factíveis e mantenham o diálogo aberto entre pais, alunos e funcionários. Uma escola que preza pelo diálogo entre as partes possui mais facilidade em se posicionar diante de crises, pois é fato que elas virão

Diego também afirma que um dos primeiros pontos que são propícios a crises e vazamento de informações para redes sociais ou imprensa são os grupos de WhatsApp dos pais de alunos. Por estar intrinsecamente relacionado com tecnologia e internet, é uma realidade com a qual as escolas ainda estão aprendendo a trabalhar, e que se fez ainda mais presente depois da pandemia. 

Algumas escolas, segundo Juliana, lidam com a comunicação em redes sociais de maneira rudimentar, sentindo a necessidade de responder a todos os comentários, e especialmente a ataques, criando assim um ambiente desnecessário que inflama ainda mais os pais e suas reações. Mas as redes não são as grandes vilãs da história e, quando usadas de maneira inteligente, podem ser ótimos termômetros da satisfação dos envolvidos na educação das crianças, e um lugar onde são criadas boas relações entre funcionários, gestão e pais. São estas boas relações que evitam crises futuras, pois deixam aberto o diálogo e envolvem as famílias e comunidades nas ações e projetos da escola.

Como funciona o gerenciamento de crise

Os diretores executivos da Mira Comunicação dividem os protocolos do gerenciamento de crise em pré, durante e pós. Embora Juliana afirme que a maior parte das empresas que os procuram justamente para esse trabalho cheguem quando a crise já está ocorrendo, ela fala sobre a necessidade de estabelecer ações previamente, pensando nos problemas que virão no futuro. 

A começar com a criação de um comitê de crise, um grupo de pessoas que trabalhará em conjunto no caso de um problema de imagem da escola. Essas pessoas devem saber que fazem parte desse comitê, e que serão acionadas quando necessário para esse trabalho. Juliana explica que esse grupo deve incluir alguém da comunicação ou assessoria da instituição, pessoas da área pedagógica e financeira, entre outros membros das diversas áreas de uma escola que possuam uma boa visão estratégica para poderem solucionar o problema. 

Além disso, é necessário elaborar um mapeamento dos riscos, tanto os gerais, esperados de qualquer escola, como os específicos daquele ambiente. Esses riscos podem ser estruturais, como uma quadra com um piso quebrado que pode vir a machucar um aluno, administrativos, pedagógicos, entre outros. O mapeamento deve levar em conta o contexto sociocultural dos alunos e dos funcionários para determinar as fortalezas e fraquezas daquele sistema. Isso garantirá mais agilidade no gerenciamento de crises, trazendo respostas mais rápidas e coerentes e tornando possível mensurar o impacto e o potencial desses futuros problemas. 

Quando a crise já está ocorrendo, Diego reforça que o importante é manter a calma e focar nos planejamentos e mapeamentos que já foram feitos, para que as ações possam ser imediatas. É preciso decidir quais áreas da escola são englobadas no problema, quem será preciso acionar e quais os heads de cada área que serão chamados para ajudar. No podcast, é feita a pergunta: e quando não se sabe como agir. Como um exemplo, é citada a pandemia de covid-19, na qual nem o governo, nem a ONU tinham respostas para o futuro, mas os pais precisavam de providências e respostas da escola. Diego e Juliana explicam que, ao envolver os pais nas questões, especialmente para as quais ainda estão sendo avaliadas medidas e decisões, a escola precisa ser uma mediadora do conflito, acalmando pais e responsáveis.

Após a crise já ter ocorrido e sido resolvida, cabe à escola reforçar as questões que levaram ao problema em primeiro lugar. As ações futuras da instituição precisam trabalhar questões socioemocionais com os alunos, devem ser parte do dia a dia e precisam envolver todos, não apenas uma única grande ação que evidencie ainda mais o problema. As escolas que já dão atenção ao emocional dos alunos e promovem ações durante o ano inteiro sobre os problemas mapeados previamente se saem melhor no pós-crise. 

Os diretores executivos da Mira Comunicação utilizam o exemplo do bullying: se a escola não aprendeu a lidar com essa questão, seja pessoalmente ou cyberbullying, isso com certeza vai se tornar uma crise no futuro. Agora, se a escola já possui ciência do problema, não é necessário esperar que ele aumente e se torne público para tomar ações que já podem ser feitas imediatamente. Juliana conclui que existem diversas organizações e entidades sociais que fazem parcerias com escolas, sugerem ações para problemas sociais e socioemocionais, e que entendem melhor dos assuntos da comunidade, justamente para não colocar toda a carga e responsabilidade sobre os gestores. 

Para entender mais sobre o assunto, confira o bate-papo completo: 

Racismo-no-esporte-por-que-o-preconceito-ainda-e-tolerado-em-diferentes-praticas-esportivas

Racismo no esporte: por que o preconceito ainda é tolerado em diferentes práticas esportivas?

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Live do Instituto DACOR promoveu conversa sobre racismo no esporte entre quatro especialistas com experiência no tema

De acordo com uma pesquisa realizada pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol) em parceria com o Observatório de Discriminação Racial do Futebol e a Nike, 41,8% dos profissionais negros do futebol já sofreram racismo. Dentre os insultos, a maioria ocorreu nos estádios (53,9%) e nas redes sociais (31,4%).

O problema da violência racial em ambientes esportivos demanda políticas públicas de combate ao racismo em suas raízes sistêmicas. Porém, os debates atuais reduzem a questão às formas mais visíveis das discriminações, tratando dos sintomas em vez de curar a doença. Infelizmente, preconceito e racismo são naturalizados no meio esportivo.

Pensando nisso, o Instituto DACOR publicou uma live sobre o tema “Racismo e esporte no Brasil: a (hiper)tolerância do esporte ao racismo e seus porquês”. O episódio foi o 17º dos chamados “cursos de bolso” promovidos pela organização, que buscam refletir a respeito do recorte racial de assuntos da atualidade. A conversa foi apresentada por Alexandre Dantas, fundador do Instituto, e Helton Souto, presidente do DACOR.

Os convidados foram quatro ativistas negros com anos de estudo e experiência no tema. São eles:

  • Neilton Ferreira Junior, Doutor em Ciências pela Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo.
  • Soraia André, ex-judoca olímpica brasileira que ganhou medalhas nos Jogos Panamericanos e no Campeonato Panamericano de Judô.
  • Mário Aranha, ex-goleiro de diversos times brasileiros e escritor dos livros “Brasil Tumbeiro” e “Patrocínio”.
  • Marcelo Carvalho, diretor-executivo do Observatório de Discriminação Racial do Futebol.

Confira alguns temas abordados na live:

Razões que fazem do esporte um fenômeno hipertolerante ao preconceito e racismo

Racismo-no-esporte-por-que-o-preconceito-ainda-e-tolerado-em-diferentes-praticas-esportivas
O doutor Neilton inicia falando das suas visões sobre o Esporte de uma maneira sistêmica, em vez de uma modalidade específica. Ele afirma que o racismo nas atividades esportivas vem de dentro do próprio ambiente do grupo, e não de sujeitos externos que invadem essa sociedade com o preconceito. Além disso, o esporte facilita a discriminação ao apresentar elementos que promovem altas expectativas e ideais, contribuindo para as categorizações de raça e classe.

Experiências de uma ex-judoca olímpica brasileira

Soraia André conta que começou a praticar o judô em uma época em que esse esporte ainda era proibido para mulheres no Brasil. No processo, ela enfrentou insultos racistas por parte das colegas, o que a fez tomar algumas ações de “embranquecimento” para tentar pertencer àquele espaço, como o alisamento do cabelo. A esportista também comenta a herança da escravização da população negra, que causa uma desumanização e objetificação dos corpos dessas pessoas ainda hoje, especialmente das mulheres negras.

As diferentes manifestações do preconceito racial

O ex-goleiro Mário Aranha aponta as diferenças de manifestação do preconceito e racismo entre a atividade esportiva amadora e profissional. No esporte amador, o preconceito aparece em sua forma mais pura, de segregação e elitização do futebol profissional, que impede a entrada de determinados grupos sociais. Já no esporte profissional, a discriminação é mais “estratégica”, porque acontece de forma escondida para não perder sua imagem e audiência.

Perspectivas de ascensão social para pessoas negras

Marcelo Carvalho discorre sobre as poucas oportunidades oferecidas às pessoas negras, que muitas vezes escolhem a carreira esportiva por acreditarem ser a única forma de ascensão em uma sociedade racista. Porém, apenas 0,1% dos atletas de futebol ganham salários altos. Além disso, mesmo os mais famosos não têm a instrução financeira o suficiente para cuidar do dinheiro que recebem, e acabam perdendo todos os seus ganhos ao final da vida.

Quer entender mais sobre o tema? Assista a conversa na íntegra: 

Sobre o Instituto DACOR

A Mira Comunicação é uma parceira do Instituto DACOR. Criado em 2020, é uma organização não-governamental que nasceu da vontade de ser um propulsor de ações para combater o racismo no país. Atua por meio da reunião, integração e disseminação de dados e conhecimentos em projetos para fomentar políticas públicas e privadas por equidade racial.

 

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O que é o marketing de conteúdo e como definir uma boa estratégia

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Hoje, não basta apenas vender o produto para conquistar o consumidor, o marketing precisa criar conexão e engajar

Na era digital, a disputa pela atenção do público é muito acirrada. Para conquistar os consumidores, as empresas não devem apenas promover seus produtos e serviços como fazem os anúncios, mas também transmitirem a própria mensagem para se conectarem com a sua audiência e engajá-la de verdade. Por isso, é importante que você saiba o que é marketing de conteúdo.  

A seguir, apresentamos mais sobre essa área que é fundamental para o fortalecimento de marca e aproximação com o público.

O que é Marketing de Conteúdo?

Como define Philip Kotler, referência mundial no tema, “Marketing de Conteúdo é uma abordagem que envolve criar, selecionar, distribuir e ampliar conteúdo que seja interessante, relevante e útil para um público claramente definido com o objetivo de gerar conversas sobre conteúdo”. 

Seth Godin, outro grande nome da área e autor do livro “Marketing de Permissão”, destaca que, diferentemente da publicidade, o verdadeiro Marketing de Conteúdo se faz presente quando o consumidor precisa de ajuda, então ele entrega as informações que são necessárias e interessantes para aquele momento. Se isso for bem feito, o próprio público se conecta com a marca e vira seu defensor a ponto de indicar e trazer outras pessoas para consumir os produtos e serviços.  

Entenda como funciona nossa comunicação 360º 

Como o Marketing de Conteúdo surgiu?

Embora o Marketing de Conteúdo tenha se consolidado no digital e seus grandes formatos sejam online, como veremos em breve, o primeiro grande exemplo que desenvolve esse tipo de estratégia aparece de forma física em 1895, com a revista The Furrow, criada pela empresa norte-americana John Deere, comercializadora de máquinas para a atividade agrícola. 

A publicação já nasceu com o intuito de trazer informações relevantes para o público da empresa ‒ os agricultores ‒ para que eles ampliassem e qualificassem seus negócios. A venda das máquinas da John Deere seria uma consequência ao passo que seus clientes conseguissem mais renda, com a ajuda do conhecimento fornecido pela revista. 

Outro exemplo que mostra que a ideia do Marketing de Conteúdo não é tão recente como muitos pensam é o guia de restaurantes criado pela Michelin em 1889. A empresa partiu do princípio que para vender pneus era preciso que as pessoas usassem mais seus carros e, assim, criou uma curadoria de pontos gastronômicos para o público explorar. 

Em ambos os casos, o número de vendas aumentou, evidenciando que conhecer o público e suas necessidades e produzir um conteúdo direcionado faz toda a diferença para uma empresa. 

Com o avanço da internet e da tecnologia, o acesso à informação e as possibilidades de criação de conteúdo desse tipo aumentaram. Acompanhando esse movimento, as estratégias de marketing de conteúdo também evoluíram e continuam sendo aprimoradas. Um exemplo disso é a própria revista The Furrow, que começou no offline, e hoje tem um site, no qual se mantém como referência e conversando com seu público.

“A produção de conteúdo para as redes sociais precisa ter estratégia”

Os formatos que podem ser explorados pelo Marketing de Conteúdo

Mira

Existem diferentes formas de mostrar suas ideias para os consumidores e criar um bom relacionamento. Os exemplos mais clássicos são posts em redes sociais, e-books, artigos em blog e newsletter, mas ainda há opções de vídeos, infográficos, desenhos, games, aplicativos, além de podcasts e audiobooks. 

Antes de iniciar a produção de conteúdo, é importante escolher estrategicamente quais canais de distribuição são mais adequados para o seu negócio, o público que deseja atingir e o objetivo a ser alcançado. Caso você precise que sua audiência aprenda a realizar uma determinada ação, por exemplo, criar um tutorial (em texto ou vídeo, vale analisar também) é uma ótima ideia. 

Agora, se a necessidade é mostrar o valor de produto ou serviço, apresentar um estudo de caso pode ser mais eficiente. Você pode também realizar uma pesquisa para o público entender seu mercado, por meio de estatísticas e dados. Há ainda a possibilidade de fazer entrevistas, em áudio ou vídeo, com pessoas de fora da sua empresa para compartilhar ideias com a sua audiência e por aí vai. 

Mas o que você deve saber é que em todos os formatos e tipos de conteúdo, que podem e, muitas vezes, devem ser diversificados, é fundamental construir uma boa estratégia, analisar a concorrência e pensar na relevância para o público-alvo. 

Como definir uma estratégia de Marketing de Conteúdo

Kotler defende que o marketing de conteúdo deve ser trabalhado a partir de oito passos, começando pela fixação de meta. A empresa deve se perguntar o que deseja atingir com a campanha de marketing de conteúdo: o foco maior é desenvolvimento de marca ou crescimento de vendas? Depois é hora de mapear o público, definir quem são os consumidores e quais são suas necessidades e desejos.

Com isso definido, será importante ter um planejamento, pensando nos temas, formatos e um calendário. Aí vem a criação de conteúdo em si e a distribuição dele, que pode acontecer em canais próprios, pagos ou conquistados. Em seguida, é o momento de pensar em ampliar o conteúdo, ou seja, como interagir e criar conversas com os consumidores em torno dele. Por fim, deve-se avaliar os resultados da campanha de Marketing de Conteúdo e estudar melhorias

Ferramentas de Marketing de Conteúdo que podem ser usadas 

Em todas essas etapas citadas acima, existem ferramentas que podem executar tarefas que costumam tomar muito tempo, deixando maior disponibilidade para as equipes pensarem estrategicamente. Isso, além de acelerar os processos e aumentar a produtividade, traz um ganho de resultado importante, uma vez que elas trazem dados interessantes e eficientes.  

Para planejar os conteúdos, é importante entender o que as pessoas estão buscando saber. O Google Trends, por exemplo, é uma ferramenta para acompanhar tendências e comparar palavras-chave pensando em SEO (Search Engine Optimization). Nesse sentido, o Semrush também pode ajudar na busca por termos em alta, assim como fazer pesquisas de mercado e análise competitivas.

Já ferramentas como o Google Analytics podem auxiliar muito na avaliação de resultados e em estratégias de melhorias. A plataforma envia relatórios com informações importantes, como as taxas de exibição e clicks no site, localização geográfica dos visitantes e como chegaram à página. 

Um conteúdo de qualidade vai reter o usuário por mais tempo na página, favorecendo o SEO e, portanto, o ranqueamento no Google. Com maior confiabilidade no site, o engajamento cresce, assim como as taxas de conversão e fidelização. 

Erros mais comuns ao fazer Marketing de Conteúdo 

Muitas empresas deixam de conseguir bons resultados com o marketing de conteúdo porque, simplesmente, não estão apostando corretamente nessa estratégia. Estes são os principais deslizes: 

  • Falar apenas sobre o produto ou serviço oferecido pela empresa

Lembre-se: converter leads no Marketing de Conteúdo é uma consequência. Primeiro, é preciso atrair os clientes trazendo informações relevantes que os interessam e vão ajudá-los a resolver problemas. 

  • Não ter o público-alvo definido

Como você apresentará um conteúdo interessante e soluções se você não sabe com quem está falando? Conhecer a audiência é fundamental para elaborar a estratégia de conteúdo.

  • Criar conteúdos sem ter um objetivo claro

Muitas vezes, as empresas caem na cilada de pensar na quantidade e não se atentam se o conteúdo vai ser eficiente para o que ela almeja com ele. É preciso pensar a longo prazo!

  • Não colocar a personalidade da marca

Diante de tanta informação na internet, o conteúdo não vai se destacar se não tiver um diferencial e uma “cara” única. É importante que ele traga a linguagem e o tipo de relação que a empresa deseja criar com seu público.

  • Não medir resultados

Quanto a produção de conteúdo investida está trazendo de retorno em diferentes frentes? Com esses dados em mãos, é possível pensar em melhorias no planejamento das próximas ações, tendo um direcionamento mais apurado e certeiro. 

Os benefícios e a importância do Marketing de conteúdo para sua empresa 

O Marketing de Conteúdo, além de eficaz, é uma maneira muito mais interessante de educar o público e conquistar novos clientes. Por meio dele, as empresas conseguem aumentar sua exposição e reconhecimento, construindo uma marca mais sólida. No fim, elas conseguem vender mais produtos ou serviços e gerar mais receita. 

Quem não usa o Marketing de Conteúdo já está fora da roda de conversa, tão importante para qualquer negócio. 

Somos especialistas em marketing de conteúdo. Entre em contato e saiba mais.

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Mira Talks com João Lacerda: a tecnologia no futuro do sistema educacional

Por blog, PodcastSem comentários

O executivo apresenta suas perspectivas para os próximos anos da educação brasileira impactada pelos avanços da tecnologia em sala de aula

O terceiro episódio do podcast MiraTalks teve a participação de João Lacerda, executivo com mais de 25 anos de experiência no sistema educacional. Dentre os temas abordados, destacam-se a tecnologia em sala de aula, as transformações nos modelos de ensino e as previsões para o mercado estudantil.

Esse debate foi conduzido por Juliana Miranda, sócia da Mira Comunicação, e Yolanda Drumon, coordenadora de PR Strategy na Mira. O MiraTalks lança um novo episódio toda primeira segunda-feira de cada  mês e é realizado em parceria com a Carijó Filmes.

Professores e tecnologia: inimigos ou aliados?

Joao-Lacerda-MiraTalksNeste ano, Sam Altman, CEO da empresa criadora do Chat GPT, declarou acreditar que a inteligência artificial pode substituir professores no futuro. Ele afirma que o avanço tecnológico pode se tornar capaz de ocupar a mão de obra intelectual, e que isso pode gerar um problema grande de desemprego.

Porém, João Lacerda diz que não se pode esquecer que a escola tem um papel social na vida dos estudantes. O sociólogo Émile Durkheim realizou estudos sobre o significado social do trabalho do professor já no século passado e, desde então, suas pesquisas são utilizadas como base para entender o sistema educacional como coletivo, não individualista. Por isso, não é possível descartar a figura do educador na sala de aula.

Seiji Isotani, professor visitante de Harvard, também afirmou, em uma palestra sobre o ChatGPT, que a inteligência artificial servirá como um auxílio ao professor no aprendizado, não como um concorrente. “Podemos pensar o ChatGPT como um learning companion, ou seja, um companheiro de aprendizagem ou um tutor do estudante que vai ajudá-lo a processar as informações e trocar ideias com ele.”

João Lacerda reforça que o professor tem um papel insubstituível dentro das instituições de ensino, mas que toda a comunidade escolar precisa levar em consideração os avanços tecnológicos. “Vamos entender a tecnologia em sala de aula como uma aliada no processo de aprendizagem e colocar isso em prática. Não dá para virar de costas.”

O especialista comenta que o trabalho repetitivo já pode ser substituído pelas novas ferramentas. Um exemplo é a preparação da aula: o docente pode pedir para que a inteligência artificial crie uma aula como ponto de partida, para que possa ser melhorada manualmente pelo professor com base em seus próprios critérios.

Conheça o seu novo podcast sobre comunicação, inovação e empreendedorismo

O modelo da escola e suas transformações no sistema educacional

O sistema educacional utilizado nos dias de hoje é o mesmo do século XIX. Inspirado no método industrial fordista, os estudantes são enfileirados em carteiras e recebem a matéria de maneira passiva, como um depósito de conteúdos, sem participação no próprio processo de aprendizagem.

Esse modelo vem sofrendo alterações no século XXI. Com a ascensão de escolas bilíngues, de metodologia ativa, que desenvolvem habilidades socioemocionais e inserem a tecnologia em sala de aula o cotidiano, os gestores educacionais precisam se atentar às novas ferramentas sem se perder em modismos ou em recursos sem propósito. “Se a escola não entender isso, ela não vai acompanhar esse movimento”, afirma Lacerda.

As instituições precisam mudar a forma como se organizam, para dar conta da velocidade dessas transformações. Porém, é preciso lembrar que a escola é vista como um porto seguro das famílias, então os estudantes não podem ser submetidos a testes de novas tecnologias sem eficácia comprovada. É por esse motivo que a comunicação com os responsáveis é tão importante: para explicar detalhadamente essas mudanças e os motivos de aplicá-las.

O futuro do mercado estudantil

Joao-Lacerda-MiraTalksJoão Lacerda diz que os gestores estão passando por um momento tumultuado nas escolas. A recomposição financeira após a pandemia, a violência estudantil, as questões de preconceito de gênero e sexualidade e as constantes mudanças tecnológicas são alguns fatores. No ano de 2023, por exemplo, a violência escolar aumentou 50%, de acordo com dados do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC).

Em meio a tudo isso, os educadores precisam lidar com uma grande oferta de produtos tecnológicos diversos, com dificuldade para compreender quais são eficazes e quais são apenas modismos. Esses gestores precisam buscar as ferramentas que são comprovadas por órgãos confiáveis e que realmente trazem benefícios para a educação.

Apesar dessa turbulência, o executivo se mostra otimista com o futuro, visto que a situação atual representa inúmeras possibilidades de mudança no sistema educacional e no relacionamento com as famílias. “Eu só espero que as escolas entendam que isso não dá para esperar mais”, diz ele. “As instituições têm que arriscar os novos modelos. Já tem muita tecnologia à disposição delas para acelerar essas mudanças.”

MiraTalks com Mario Ghio: os acertos e os desafios na Educação Básica brasileira

A importância de ter um propósito na educação

“O movimento da entrada de pessoas que nunca foram da área de educação para empreenderem no setor educacional foi muito saudável nos últimos anos”, afirma João. Esses indivíduos renunciam a carreiras bem pagas, como tecnologia e finanças, em nome do propósito do ensino. “Trabalhar com educação e não ter propósito é pôr o pé no lugar errado. Se você não tiver propósito, não funciona.”

Além disso, Lacerda fala que é importante ter paciência, pois os processos de educação são de longo prazo. É preciso ser paciente para colocar projetos em prática, acostumar os estudantes e educadores às mudanças com as novas tecnologias em sala de aula e ver o resultado aparecer. Essa virtude é válida em quase todas as áreas da vida, mas principalmente nas escolas.

A educação está no DNA da Mira Comunicação, que possui uma larga experiência no setor. A agência acredita na importância do propósito ao trabalhar com o ensino, indispensável para a formação completa dos seres humanos. “Essas questões fazem parte do sistema educacional e diferenciam bastante esse mercado de outros”, comenta Juliana Miranda. “Se não tem o propósito, não vai permanecer no setor.”

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Como o avanço da Inteligência Artificial impacta a comunicação corporativa?

Por blog, Comunicação & TendênciasSem comentários

Com o fácil acesso às ferramentas de IA, os profissionais da comunicação precisam saber como usá-las a seu favor

A comunicação foi uma das áreas mais impactadas pela tecnologia. A internet passou a moldar a maneira que nos comunicamos em diferentes aspectos, desde as conversas entre amigos nas redes sociais até a forma que as empresas dialogam com seus clientes e funcionários. Hoje, não é mais possível falar de comunicação corporativa sem atrelar a realidade tecnológica que a cerca. 

Nesse sentido, o avanço da Inteligência Artificial tem sido uma das grandes discussões. Quais são os impactos dela na comunicação corporativa? Ela ameaça o papel do profissional desta área? Ou como ele deve aproveitar esse tipo de tecnologia? Estes são pontos fundamentais a serem debatidos, mas antes vale entender melhor a atuação e a importância da comunicação corporativa. 

O que é a comunicação corporativa?

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A comunicação corporativa é a área responsável por coordenar as diferentes formas de comunicação que uma empresa aplica para se relacionar com seus stakeholders, sejam eles internos (como os funcionários) ou externos, que é o caso da imprensa e dos clientes. Ela é um componente crucial para a construção e manutenção da imagem e reputação de uma empresa, bem como a promoção de seus valores, independentemente do seu tamanho, setor ou natureza.

A importância da comunicação corporativa

Para serem mais competitivas neste cenário digital e dinâmico, as empresas estão entendendo, cada vez mais, que é preciso se comunicar, estrategicamente, com seus públicos-alvo, transmitindo a mesma mensagem para todos eles. Isso unifica o discurso, evita ruídos de comunicação e consolida a identidade. O resultado é uma marca muito mais forte e com credibilidade.

Além disso, toda empresa está sujeita a passar por problemas, que podem abalar sua imagem e reputação. Ter uma comunicação integrada e consistente facilita o gerenciamento de crise nesses casos, uma vez que a companhia vai estar mais preparada para responder de forma ágil e efetiva, minimizando os danos à marca.

Comunicação corporativa interna x externa

A comunicação corporativa trabalha em duas frentes: a interna e a externa. Essa última faz a ponte entre a empresa e os clientes, fornecedores, investidores e a comunidade em geral. Com estratégias de marketing, relações públicas, publicidade, os profissionais da comunicação externa atuam para construir a imagem da empresa, atrair clientes e parceiros, e manter a confiança do público.

A comunicação interna, por sua vez, é voltada para os funcionários e visa manter todos os membros da equipe informados sobre as metas, valores, objetivos e acontecimentos da empresa. Ela desempenha um papel fundamental na construção de um ambiente de trabalho saudável, na promoção da coesão e na garantia de que todos estejam alinhados com a cultura da organização.

Veja mais: entenda a importância da comunicação 360º para as marcas

Como promover a comunicação corporativa?

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Ao implementar estratégias de comunicação corporativa, a empresa precisa ter em mente seus valores, missões e objetivos, para pensar em ações que conversem com o negócio em geral. A partir disso, é importante estabelecer metas e escolher as ferramentas mais interessantes para alcançá-las. 

No cenário atual, as empresas precisam entender que não faz mais sentido olhar para as caixinhas da comunicação sem considerar um cenário macro. Aparece, então, a necessidade de uma comunicação 360°. Ela consiste em trabalhar todas as frentes para impactar diferentes públicos de forma integrada. Isso inclui produção de conteúdo, comunicação interna, presença nas redes sociais, relacionamento com a imprensa e construção de reputação por meio da opinião pública

Para melhorar a eficiência, a produtividade e os resultados, os profissionais da comunicação precisam saber aproveitar a tecnologia como ferramentas complementares. E, com a ajuda dela, estar sempre monitorando, refinando e trazendo melhorias para as estratégias de comunicação da empresa. A inteligência artificial pode contribuir bastante nesse sentido – vamos te explicar. 

Os impactos da inteligência artificial na comunicação corporativa

A inteligência artificial é uma das principais novidades tecnológicas apresentadas ao público nos últimos anos. Hoje, ela já faz parte do cotidiano humano, seja para a automatização de sistemas, pesquisas do cotidiano, segurança digital, definição de perfil em plataformas de streaming, reconhecimento facial, aplicativos de rotas de trânsito, plataformas de educação ou para fins de entretenimento, criando, por exemplo, fotografias fictícias a partir do rosto das pessoas, mostrando como elas ficariam quando envelhecessem ou se fizessem parte de um desenho animado, como exemplos de tendências que circularam nas redes sociais recentemente.

Um dos principais atrativos da IA (inteligência artificial) é a sua acessibilidade

Apenas com um computador ou smartphone, qualquer pessoa pode, gratuitamente, explorar as ferramentas disponíveis. No entanto, quem trabalha com a comunicação precisa ter um olhar mais apurado, identificando o lado negativo e positivo da tecnologia.

Para a comunicação corporativa, em específico, a inteligência artificial traz algumas vantagens:

  • automatização de tarefas repetitivas, como triagem de e-mails, atendimento ao cliente por chatbot, transcrição de áudio e tradução automática;
  • processamento e análise grandes volumes de dados;
  • personalização da comunicação.

Sobre o atendimento personalizado para cada cliente, Afonso Ribeiro, especialista em Comunicação Corporativa, afirma: “As equipes de comunicação estão sendo capazes de segmentar públicos com maior precisão, analisar melhor o sentimento dos usuários em relação a produtos, serviços ou campanhas e atuar cada vez mais com base em dados.”

Considerando as consequências negativas, Ribeiro alerta sobre a violação da privacidade dos usuários, as deepfakes – técnica que altera os movimentos labiais de uma pessoa em um vídeo, sincronizando-os com falas que não são de sua autoria – e a possibilidade de a ferramenta gerar opressão. “Como os sistemas são treinados com base em dados históricos, o conteúdo pode reforçar a discriminação de grupos marginalizados, perpetuando desigualdades”, explica.

Além disso, pela evolução rápida e surpreendente da IA, especialistas expressam a preocupação de que ela se torne superinteligente e ultrapasse a capacidade humana de controlá-la. Nesse cenário, ela poderia ter objetivos divergentes da sociedade, resultando em consequências indesejáveis ou, até mesmo, catastróficas.

A inteligência artificial é uma ameaça aos profissionais da comunicação? 

Também existe uma preocupação sobre o impacto social e econômico dessa automação. Muitos perguntam se, eventualmente, ela levaria à substituição de empregos por sistemas automatizados. Na comunicação, isso não deve acontecer, já que, embora facilite alguns processos, ela não possui as competências humanas indispensáveis para a área.

“A criatividade, o pensamento estratégico e a capacidade de contar histórias continuam sendo habilidades essencialmente humanas. A IA ainda tem limitações em relação à compreensão profunda de emoções e nuances sociais, o que os profissionais de comunicação podem oferecer por meio de sua experiência e conhecimento humano.”

Veja mais: Google Analytics 4: entenda o que mudou e seus impactos na comunicação

Como o profissional da comunicação pode usar a inteligência artificial a seu favor?

Em vez de substituir as equipes de comunicação, a inteligência artificial pode ser usada como uma ferramenta de otimização do seu trabalho. “A tecnologia poupa o profissional de realizar tarefas repetitivas, como traduções, agendamento de posts em mídias sociais, monitoramento de menções de marca e organização de dados de engajamento. Isso libera tempo e recursos para que eles se concentrem em atividades estratégicas e criativas”, afirma Afonso Ribeiro. 

Nesse contexto, é essencial lembrar que a IA deve ser usada de maneira ética e responsável. Os profissionais precisam enxergar a ferramenta como algo que complementa e amplia a sua eficiência, priorizando sempre a transparência, privacidade e segurança dos dados.

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Google Analytics 4: entenda o que mudou e seus impactos na comunicação

Por blog, Comunicação & TendênciasSem comentários

Com a nova versão, os profissionais têm acesso a métricas mais precisas e abrangentes

O Google Analytics, serviço de monitoramento de marketing digital do Google, lançou sua nova versão: o Google Analytics 4. Com isso, as métricas, análises e métodos de coleta e interpretação de dados sofreram ajustes e aprimoramentos. E claro que os profissionais da comunicação não podem ficar de fora das novidades da plataforma.

A seguir, você confere o que mudou do Analytics Universal para o Analytics 4.0, quais são as novas métricas, como utilizá-las, e como isso modifica e impacta o futuro da comunicação, especialmente nas plataformas online. 

O que é o Google Analytics?

É um serviço gratuito do Google que gera estatísticas de visitação do site no qual está cadastrado. A ferramenta é capaz de identificar taxas de exibição e clicks, além de localização geográfica dos visitantes, como chegaram à página, entre outros detalhes, enviando relatórios diários, semanais e mensais ao dono do site.

A plataforma, na verdade, nunca parou de evoluir desde sua aquisição em 2005. Porém, agora ela passa por uma reformulação completa, por isso a mudança de logo e nome. 

Veja também: o que é Mídia Espontânea e como conseguir

Para que serve?

pessoa mexendo no computador

Imagem: Freepik

Sua principal função é coletar dados dos usuários de sites, apps e plataformas digitais, computando acessos, tráfego e comportamento, criando relatórios para que isso se transforme em números e gráficos visíveis e de fácil interpretação.

O Google Analytics foi feito principalmente para auxiliar os webmasters a otimizarem os sites que produzem, para campanhas de marketing e para ser usado em conjunto com o Google AdSense. A ferramenta serve para que donos de marcas e sites possam visualizar o perfil de seus clientes, identificando problemas, além de melhorar o marketing e a entrega da plataforma.

Como funciona? 

Após criar uma conta no Google Analytics, o dono do site deve adicionar um código de mediação a cada página disponível. Esse código transcreve ao Google Store quantos usuários acessaram cada página, em comparação a outras nos mesmos nichos ou comércios. 

Em páginas comerciais, o código também indica quantos usuários compraram quais itens, e até rastreia para saber se cada user acessou a página de confirmação da compra, além de rastrear cada idioma, localização, por qual sistema operacional os compradores acessaram sua página e o que os levou ao site.

Veja também: Media training: quais os primeiros passos para ter bons porta-vozes?

Novidades do Google Analytics 4

Uma das principais novidades do Google Analytics 4 é a adoção do modelo de medição baseado em “eventos”, em vez do tradicional de “sessões” e “visualizações de página”. Isso significa que, agora, é possível rastrear ações específicas em um site, como cliques em botões, preenchimento de formulários e reprodução de vídeos, permitindo uma compreensão mais precisa do engajamento do usuário. 

O Analytics 4 também chega com a função “App + Web”, realizando uma análise integrada tanto de sites quanto de aplicativos, oferecendo uma visão completa e se tornando uma ferramenta multiplataforma. Essa mudança já tinha sido anunciada em 2019, e se concretiza agora com o GA4. As análises também são integradas com o Google Ads agora, para otimizar e concentrar dados de campanhas pagas.

O que também muda é o maior controle sobre dados e privacidade que a plataforma oferece, já que o GA4 não depende mais de cookies para coletar e armazenar dados, além de não guardar mais endereços de IP dos usuários, garantindo privacidade e indo de acordo com os termos da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais). 

Outra novidade importante é a incorporação de recursos de inteligência artificial (IA) no Google Analytics 4. Essa integração possibilita insights preditivos, como a previsão de churn (probabilidade de um cliente deixar de usar um produto ou serviço) e a identificação de segmentos de público-alvo com maior potencial de conversão. Com isso, as equipes de comunicação 360° conseguem planejar ações para otimizar a performance das campanhas.

Métricas exclusivas do Google Analytics 4

O GA4 oferece quatro métricas novas para o usuário: 

  • sessões engajadas: quando o visitante permanece com o site aberto e em primeiro plano por mais de dez segundos; 
  • sessões engajadas por usuário: média de sessões em que cada usuário do site engaja, caso o mesmo ID seja visto retornando várias vezes;
  • tempo médio de engajamento: que mede o tempo que o aplicativo ou site ficou em primeiro plano para cada visitante;
  • taxa de engajamento: medida por porcentagem dos usuários que interagiram de alguma forma durante sua sessão.

O que acontece com minha conta do Google Analytics Universal?

Todas as contas do Google Analytics Universal estavam datadas para pararem de computar dados em julho de 2023 e, depois desse período, sua contagem de acessos e outras métricas de seu site aparecem zeradas na ferramenta. Para contas pagas, a ferramenta Google Analytics 360 fica disponível até outubro. 

Infelizmente, não é possível migrar seus dados do AU para o GA4, já que todas as métricas são diferentes. Logo, é preciso criar uma conta do zero, e computar todos os seus dados à mão. Essa mudança se torna obrigatória principalmente pela atualização nos termos de privacidade de usuários, que exigiram uma mudança já que a ferramenta traz novos e mais avançados sistemas de proteção de privacidade.

Os impactos gerados na comunicação

homem olhando para gráficos

Imagem: Freepik

Com as mudanças trazidas pelo Google Analytics 4, a comunicação se beneficia de uma visão mais completa do seu desempenho, com métricas e indicadores mais abrangentes e precisos. Os profissionais de Relações Públicas (e outras áreas relacionadas) podem medir o impacto do seu trabalho, identificar quais canais e conteúdos geram maior engajamento e ajustar suas estratégias com base em dados concretos. 

Por acessarem uma gama de métricas e indicadores mais abrangentes e precisos, as equipes analisam o comportamento dos usuários em diferentes meios. Isso ajuda a antecipar tendências e direcionar esforços de comunicação de forma mais eficiente. As tomadas de decisão, consequentemente, serão mais embasadas, e os recursos serão direcionados para estratégias que trazem resultados reais e maximizam o retorno sobre o investimento.

Dicas de como configurar o Google Analytics 4

A migração do AU para o GA4 só é necessária para contas criadas antes de 14 de outubro de 2020 e, para facilitar a transferência para a nova plataforma, existe um assistente de configuração diretamente no Google para ajudar os usuários.

Basta fazer o login no Google Analytics e ir em “assistente de configuração GA4” para obter todas as informações e passo a passo para a configuração. Vale a pena manter um backup dos seus dados no Analytics Universal, porque não se sabe o que pode se perder ou não no processo de migração, já que as métricas e configurações são diferentes.

Também existem cursos gratuitos do Google para iniciantes na ferramenta, e vale a pena você e seu time investirem um tempo no aprendizado do novo Analytics. Mesmo os que já estão familiarizados com o AU podem se beneficiar de um curso curto sobre a nova ferramenta e todas as suas novidades técnicas.

Veja também: Gestão de crise e PR: vacina ou Tylenol?

Google Analytics 4 para profissionais da comunicação

No geral, o Google Analytics 4 representa um avanço significativo na medição e análise de dados para os profissionais de comunicação 360°. Com suas novas funcionalidades, a ferramenta oferece uma visão mais precisa do desempenho das estratégias adotadas, e permite o mapeamento do segmento em que se atua. 

Assim, é essencial que todos os profissionais de comunicação estejam atualizados quanto às mudanças trazidas pelo Google Analytics 4. Com isso, podem aproveitar ao máximo o seu potencial, impulsionando os resultados dos clientes na era digital.

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MiraTalks com Mario Ghio: os acertos e os desafios na Educação Básica brasileira

Por blog, PodcastSem comentários

O executivo apresentou dados e reflexões sobre o passado e o futuro das instituições de ensino em território nacional

O segundo episódio do MiraTalks, podcast voltado para educação, empreendedorismo e comunicação, realizado pela Mira Comunicação em parceria com a Carijó Filmes, contou com a presença de Mario Ghio, professor e executivo com trinta anos de experiência na área de educação. A conversa foi conduzida por Juliana Miranda, sócia da Mira, e Yolanda Drumon, coordenadora de PR Strategy na Mira. 

A conversa explorou a posição do Brasil no cenário educacional, bem como o papel da família na escolaridade e as legislações brasileiras sobre o assunto. Confira abaixo alguns temas abordados na conversa e, no final, dois livros indicados pelo professor Mario.

Para assistir o episódio na íntegra, clique aqui.

A qualidade das escolas de Educação Básica brasileira

Foto do Mário Ghio no MiratalksQualquer escola, pública ou privada, pode ter uma educação boa ou ruim. Os fatores são diversos e não é possível definir a qualidade apenas pelo preço. Porém, é fato que o contexto da comunidade na qual a instituição está inserida influencia o processo de aprendizagem.

Um dos fatores que interferem na qualidade de estudo, por exemplo, é o contexto social do aluno. Dados do IBGE mostram que as crianças com mães que possuem Ensino Médio completo têm 97,5% de chance de terminar esse nível escolar, enquanto as crianças com mães sem instrução têm 58% de chance.

Por isso, é necessário o acompanhamento individual dos alunos, considerando essa bagagem familiar. Dar a mesma aula para estudantes com vulnerabilidades diferentes não terá o efeito desejado, visto que cada jovem apresenta necessidades únicas e diversas.

Legislação brasileira

 Ghio aponta que as regulações brasileiras supririam grande parte das defasagens escolares se fossem corretamente utilizadas. A Constituição de 1988 prevê o direito à educação para todos os brasileiros, o que já é um avanço enorme se comparado às décadas anteriores. Juliana Miranda concorda: “A dificuldade está na implementação”.

Dentre os regulamentos em vigor no território brasileiro, existe a Lei de Diretrizes e Bases (LDB), promulgada em 1996 com o então Ministro da Educação, Paulo Renato Souza. Entre outras coisas, ela definiu a obrigatoriedade da disponibilidade de vagas de ensino público para todas as crianças e jovens de 7 a 14 anos, o que garantiria o direito pleno à Educação Básica.

Já o Plano Nacional de Educação (PNE), aprovado em 2014, é um conjunto de metas e estratégias para a política educacional em um período de dez anos, ou seja, até 2024. Porém, ele ainda não foi corretamente implementado. De acordo com Mario Ghio, o plano está certo em todas as suas dimensões e ambições, mas precisa ser levado mais a sério. “A gente não precisa criar um novo PNE, precisamos entregar o plano  que já foi votado”, diz.

O Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) foi fundado em 1937 com o objetivo de realizar estudos para compreender os problemas de ensino no país e propor políticas públicas para solucioná-los. Hoje, o órgão é vinculado ao Ministério da Educação (MEC) e é responsável pela realização de exames como o Enem e o Enade.

O Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) teve como uma de suas ações o fornecimento de incentivos financeiros para estados e municípios que apresentarem desenvolvimento de aprendizado dos alunos. O executivo destaca os estados de Ceará e Pernambuco como bons exemplos de desempenho educacional. E não é por menos, ambos lideram indicadores educacionais como os de  ensino integral e os anos iniciais de estudo.

Perspectivas para Educação Básica brasileira

Foto dos bastidores Ghio se mostra otimista em relação ao futuro do ensino brasileiro. De acordo com a pesquisa Anuário da Educação Básica de 2021, a escolaridade média da população passou de 9,8 anos em 2012 para 11,8 anos em 2020. Isso significa que, em média, os responsáveis apresentam o ciclo básico completo de 12 anos de estudo e, por isso, podem acompanhar melhor o desenvolvimento escolar dos filhos.

O avanço na educação básica é de grande importância para o Brasil a longo prazo. De acordo com um estudo realizado por Eric Hanushek, da Universidade de Stanford, um aumento de 100 pontos no resultado médio do Pisa relaciona-se a um crescimento de 2% no PIB do país ao ano. O Pisa é o Programa Internacional de Avaliação dos Estudantes, realizado a cada três anos pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Além disso,Ghio também prevê uma atenção maior às necessidades individuais de cada região do Brasil. Por exemplo, em locais rurais, haveria uma educação mais voltada para o agronegócio, com aprendizados que conversem mais com a realidade dos alunos. Assim, devem existir múltiplas soluções, e não apenas uma única salvação para o ensino nacional.

BÔNUS: Indicações de livros

Ao final do episódio, o executivo ainda indicou  duas obras que discorrem a respeito do  cenário da Educação Básica brasileira.. O primeiro é “País mal educado: por que se aprende tão pouco nas escolas brasileiras?”, escrito por Daniel Barros. Um outro, mais técnico, é “Pontos fora da curva”, de Olavo Nogueira Filho. Ghio ressalta que acha importante ler nessa ordem, visto que o segundo apresenta uma linguagem mais aprofundada.

Gostou desse episódio? Confira também os assuntos abordados no primeiro MiraTalks.

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