Em live realizada pela Mira Comunicação, jornalistas de educação da grande imprensa explicam como o atual cenário alterou a cobertura na área educacional e falam também sobre a relação entre empresas de educação e a imprensa, e qual a importância de assessores como parceiros na apuração das notícias e seleção de fontes
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Os impactos da pandemia trouxeram alterações no formato de trabalho para muitos profissionais ao redor do mundo. Para se adaptar ao novo cenário, foi necessário um processo de reaprendizado, período de análise e flexibilização, inclusive na área de comunicação.
Com as incertezas e a necessidade de se posicionar, instituições de ensino e empresas de educação passaram a contar com profissionais da área para gerir o relacionamento com a imprensa por meio das assessorias especializadas. Pensando em como todo o mercado de trabalho foi afetado pelo isolamento social, a Mira Comunicação, agência especializada no segmento de Educação e áreas correlatas, realizou um encontro online no mês de dezembro abordando o tema “Como a pandemia alterou a cobertura jornalística na área de educação”.
Webinar: “Como a pandemia alterou a cobertura jornalística na área de educação”
A transmissão contou com a presença de três jornalistas da grande imprensa que cobrem a editoria de educação: Renata Cafardo jornalista especializada em Educação, repórter especial do Estadão e fundadora da Associação de Jornalistas de Educação (Jeduca); Tatiana Klix, diretora do Porvir e cofundadora do Quero na Escola; e Antônio Gois, colunista de Educação do O Globo e diretor e fundador da Jeduca.
O evento abordou temas relevantes sobre a cobertura jornalística em tempos de pandemia. Dada a quantidade de demandas e sugestões de pautas que os jornalistas recebem diariamente, o entendimento desse cenário e de como as apurações são realizadas é fundamental tanto para as empresas e instituições que estão buscando o trabalho de assessoria de imprensa, como para os próprios assessores que estão nessa frente.
Durante o webinar, os convidados apresentaram algumas orientações para uma construção positiva de relacionamento com a imprensa, otimizando o entendimento do contexto “do outro lado da bancada” para emplacar pautas e construir a reputação das marcas no atual cenário. Confira abaixo os principais pontos abordados:
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Assim como você, os jornalistas também precisaram se reinventar
A pandemia não trouxe só o trabalho remoto, mas também desafios de novos temas que nunca foram abordados. Eles precisaram se readaptar em um ambiente diferente do cotidiano pré-pandemia e lidar com os imprevistos que acontecem no dia a dia. Assim, é necessário pensar no outro lado com empatia e entender que é um período de aprendizado para todos.
Empresas de educação x Imprensa: apresentar diferenciais é um desafio para os assessores e instituições
O aumento no envio de releases e pautas foi considerável; os profissionais de redação não conseguem acompanhar a demanda e às vezes as mensagens podem se perder. Por isso, é preciso mostrar o diferencial de uma pauta para se destacar e fazer com que a empresa ou instituição de ensino seja lembrada em um próximo contato como uma fonte confiável.
Trazer temas distintos que possam despertar o interesse do jornalista do veículo
Devido ao contexto de pandemia e isolamento social, a cobertura na editoria de educação abordou muito, por exemplo, o ensino remoto. O ideal é sempre inovar nos temas e apresentar pautas que possivelmente ainda não tenham sido sugeridas e possam despertar o interesse do jornalista.
Dessa forma, as próprias marcas, ao pensarem em ações inovadoras dentro da sua comunidade, podem inserir no planejamento o quanto isso seria interessante também para a imprensa; especialmente se for algo inovador, poderá gerar interesse e visibilidade
Fazer um mapeamento e pesquisar sobre os perfis de veículo e do jornalista – para os assessores
É preciso entender qual o perfil da segmentação que aquele jornalista trabalha e se o seu release ou pauta faz sentido para o público leitor. É importante fazer um mapeamento do veículo ao qual se pretende enviar aquela pauta para que não sobrecarregue o jornalista com temas que não fazem parte do ambiente de trabalho dele.
Caso o seu segmento não seja de maior cobertura no veículo abordado, o interessante é sempre manter contato com uma agenda positiva de relacionamento caso surja um futuro interesse do jornalista sobre aquele tema e ele lembre de você como uma fonte.
O perfil do jornalista também precisa ser considerado – mesmo dentro da editoria de educação há especificidades de assuntos que nem sempre são cobertos por determinados jornalistas.
Empresas de educação e a imprensa: a construção de um relacionamento saudável
Assim como o jornalista é importante na divulgação e publicação dos releases sugeridos pelo assessor de imprensa, o assessor de imprensa também pode atuar como um “consultor de pautas” para o jornalista, que precisa de fontes confiáveis.
Assim, as instituições de ensino e as empresas da área educacional também tem um papel importante na capacitação de seus profissionais para o atendimento à imprensa. Bons porta-vozes também ajudam na construção desse relacionamento.
Entender o outro lado e saber como se comunicar é um começo importante para construir uma troca saudável e de longa duração; algo que pode beneficiar ambos a longo prazo.
Foco educacional em 2021
Temas factuais ainda são o norte dentro da editoria de educação nos principais veículos da grande imprensa. Dessa forma, em 2021 as pautas que devem ocupar boa parte dos noticiários são: vestibulares previstos para janeiro/ENEM, o retorno do ano letivo, dinâmicas e metodologias que envolvam o ensino híbrido, remoto e presencial, além da cobertura da agenda relacionada a políticas públicas.