A divulgação por meio da mídia espontânea traz credibilidade para a marca e pode ser potencializada pelos profissionais de assessoria de imprensa

Além dos anúncios pagos e impulsionamentos nas redes sociais, uma das formas de uma empresa conseguir visibilidade perante seus consumidores é por meio da mídia espontânea

O termo “espontâneo” pode sugerir que essa exposição é conquistada de maneira natural e sem interferência humana. No entanto, é crucial compreender que obter espaço na mídia de forma orgânica demanda um substancial investimento. O primeiro passo para dar início a esse processo é o entendimento do conceito de mídia espontânea.

O que é mídia espontânea?

A mídia espontânea é um tipo de cobertura midiática que uma empresa ou indivíduo consegue sem ter que comprá-la. Uma história, evento ou informação é veiculada através dos meios de comunicação de forma natural, como qualquer outra notícia. Ou seja, esse tipo de mídia não é paga e nem produzida pela marca, mas sim por jornalistas.

O principal agente que possibilita a produção e difusão desse conteúdo é o assessor de imprensa, que será o intermediário entre a marca e o mundo jornalístico. Assim que esse contato é realizado e se mostra de interesse jornalístico, o veículo de comunicação disponibiliza repórteres para produzir o conteúdo relacionado à empresa, analisando quais aspectos fazem mais sentido para a proposta editorial e para a audiência do canal de comunicação.

Com isso, a marca é divulgada para o público geral em forma de notícia, explorando sua autoridade sobre determinado assunto. Por exemplo, um professor de determinada escola pode ser útil para falar sobre vestibulares, ou uma atividade em sala de aula pode levantar um debate sobre novas metodologias educativas.

Importância da mídia espontânea para a marca

É importante que uma empresa utilize diversos recursos para divulgar seus produtos. A mídia paga tem suas vantagens e pode ser muito bem utilizada, mas a espontânea também apresenta muitos benefícios. Essa exposição pode impulsionar os negócios, popularizar a marca e atrair novos clientes.

Por exemplo, propagandas são reconhecíveis por seu formato e características específicas e podem ser ignoradas por alguém desinteressado no produto. Já as divulgações orgânicas recebem tanta atenção quanto as notícias. O espectador comum assiste focado às informações imparciais e de utilidade pública que são veiculadas pela televisão ou por outros meios.

A mídia espontânea também não implica custos financeiros diretos. No caso, os jornais recebem sugestões de pautas e temas que enriquecem sua agenda diária, enquanto a marca beneficia-se ao ser divulgada de maneira discreta e integrada ao cotidiano de seus clientes. Essa dinâmica estabelece uma presença autêntica no meio midiático e promove uma interação sincera com o público-alvo.

Outro aspecto é ampliação do alcance. Isso significa que públicos anteriormente não atingidos por meio do marketing passam a ter acesso ao conteúdo, devido aos nichos encontrados em cada veículo. Uma pessoa que não assiste à televisão pode perder os intervalos de anúncios, por exemplo, mas é possível que ela veja em seu telefone celular os mesmos noticiários gravados após a veiculação ao vivo na TV, sem as propagandas.

Além disso, ao ser veiculada por um canal de comunicação ou por um influenciador digital confiável aos olhos do público, a marca ganha credibilidade perante os clientes. Com tantas ofertas e opções na internet, muitas vezes as pessoas têm receio ao escolher e confiar em uma empresa ou comprar um produto. Por isso, o aval de alguém que tenha autoridade no assunto é muito relevante.

Como conquistar mídia espontânea?

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Imagem: Freepik

O estabelecimento de um relacionamento eficaz de uma empresa com uma assessoria de imprensa frequentemente ocorre por meio das agências de relações públicas. Elas desempenham o papel fundamental de construção e manutenção da reputação de uma empresa em seus diversos canais de comunicação, implementando estratégias destinadas a gerenciar crises e a alcançar o público-alvo da marca.

Uma das principais responsabilidades dessas agências é a elaboração de conteúdos relacionados à marca que sejam relevantes para a sociedade em geral. Essa tarefa envolve atender não apenas às demandas da marca, que busca destacar suas qualidades para seus potenciais clientes, mas também às expectativas dos veículos de comunicação, em relação à necessidade de fontes e conteúdos para as notícias e reportagens.

Sabendo disso, é necessário um planejamento estratégico que deve estar sintonizado com os acontecimentos recentes e estabelecer conexões sólidas com jornalistas e influenciadores. Essa abordagem visa facilitar o processo de comunicação e contribuir para a preservação dos princípios originais da marca, garantindo uma representação coesa e autêntica nos meios de comunicação.

A Mira Comunicação, como agência, valoriza a conquista da mídia espontânea. Com uma equipe formada por diversos profissionais inseridos no mundo jornalístico, o contato com os veículos de comunicação torna-se mais fácil. Os clientes têm a oportunidade de difundir suas ideias por meio de repórteres e jornais conhecidos com o intermédio do serviço de assessoria da Mira.

Mídia espontânea x mídia paga

Para entender melhor a importância da mídia espontânea, é preciso compreender as diferenças básicas entre os espaços que compõem os meios de comunicação: o editorial e a publicidade.

Portais de notícias, veículos impressos, rádio e televisão compõem a parte editorial da mídia, constituída por conteúdo informativo de cunho jornalístico e prestação de serviços de utilidade pública para a sociedade. Esse espaço é caracterizado pela independência editorial e destinado a proporcionar aos espectadores informações imparciais e relevantes. Produzido e controlado pela redação dos veículos, tem credibilidade ao citar marcas, iniciativas ou produtos.

Já no espaço publicitário, marcado por anúncios, o controle do conteúdo é totalmente do anunciante, e a divulgação é mais explícita e direta. Uma vez adquirido o espaço, seja por troca financeira ou outra contrapartida comercial, o comprador tem a liberdade de publicar ali o que lhe convier. Essa é a mídia paga, porque depende de um acordo financeiro, é voltada para a promoção comercial e permite que as marcas alcancem seu público-alvo de forma mais específica e estratégica.

A mídia espontânea está inserida no primeiro espaço, o editorial. É uma maneira de obter exposição sem investimento financeiro no veículo. A marca oferece informações que contribuem para o trabalho jornalístico, caracterizado pela imparcialidade e neutralidade.  

É importante ressaltar que os grandes jornais frequentemente direcionam suas reportagens com base em informações fornecidas por assessorias de imprensa, frequentemente apresentadas na forma de “sugestões de pauta” ou “press releases”. Elas desempenham um papel crucial na construção da agenda jornalística, desde que abordem temas de interesse público e sejam significativas para os espectadores do veículo.

Mídia espontânea e credibilidade 

O portal americano O’Dwyer’s, especializado em relações públicas, esclarece que,  para uma marca, receber a menção espontânea de um jornalista significa conquistar o endosso de um terceiro. “Essa é a medalha de ouro em relações públicas. Vale mais do que criar uma propaganda, que é totalmente parcial”, afirma o site. O respaldo de um profissional da mídia confere uma credibilidade única, uma vez que é percebido como um testemunho independente e imparcial sobre a qualidade e relevância da marca.

Isso não significa que a propaganda tenha papel menos ou mais importante dentro de uma estratégia de comunicação – são apenas finalidades diferentes, mas que se complementam. Porém, a busca dos consumidores por conteúdo qualificado está cada vez maior. Prova disso é a ascensão do branded content (conteúdo de marca, em tradução literal), uma estratégia de mídia paga que considera o conteúdo de caráter informativo para persuadir o consumidor. Algo parecido com o antigo publieditorial, ou informe publicitário, mas com uma proposta de gerar valor e criar uma conexão maior com o público-alvo.

Outra palavra-chave na temática da mídia espontânea, que se relaciona com a credibilidade, é a autoridade. O espectador confia naquilo que é verificado e confirmado por especialistas em apuração das informações — os jornalistas. Afinal, o assessor de imprensa pode fazer o intermédio, mas ainda é o veículo de comunicação que decide se publicará ou não. 

Conclusão

A mídia espontânea traz inúmeras vantagens para as marcas. Custos menores, ampliação do público, maior atenção das pessoas, autoridade e credibilidade são algumas delas. Investir nessa modalidade é uma opção adequada para aquelas empresas que pretendem alcançar um público maior de forma orgânica, natural e de acordo com seus princípios.

A ascensão das mídias digitais conferiu ainda mais importância à mídia espontânea, transformando significativamente o mundo da comunicação. A disseminação de conteúdo por meio de veículos de comunicação online, blogs, transmissões ao vivo (lives) e podcasts resulta em uma repercussão ampla e instantânea em suas páginas nas redes sociais. 

Além disso, isso trouxe à tona uma nova dimensão da mídia espontânea, que é o estreitamento de laços com os chamados influenciadores digitais, como tiktokers, instagrammers e youtubers. Ao compartilhar experiências autênticas e opiniões genuínas, eles exercem um impacto significativo na formação de opinião e nas decisões de compra do público, contribuindo assim para a disseminação espontânea da mensagem da marca.

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